segunda-feira, 28 de junho de 2010

Contra o corte dos salários, trabalhadores da USP resistem!

Creche fechada contra o corte dos salários e o assédio moral

Desde a semana passada Rodas tenta novas manobras contra a greve dos trabalhadores, após ser desmentido publicamente pelo Comando de Greve dos trabalhadores da USP. Este veio a público mostrar que o fechamento de negociações foi feito pela reitoria, e inclusive propor negociações em local público, para que todos possam ver quem de fato está mentindo e que a intransigência e a violência de fato estão do lado da reitoria, que por cima da própria lei impõe hoje a fome às famílias de mais de mil trabalhadores da USP, tentando acabar com a greve pela força. Na semana passada, após ser forçada a voltar à mesa de negociações pela mobilização dos trabalhadores, a reitoria não propôs absolutamente nada de novo e nem sequer pagou os dias de salário roubado. No dia seguinte desmarcou a nova reunião de negociação, remarcando-a apenas para o dia 30/6!

É seguindo esta política de Rodas que agem seus capachos mais fiéis: Massola, coordenador do campus do butantã, e Waldyr Antonio Jorge, coordenador da Coseas. Massola, como noticiamos em nosso blog, havia prometido diante de uma comissão de trabalhadores, acuado pela força de uma manifestação à sua porta, que não faria novo corte de salários. Depois voltou atrás, justificando-se com a alegação de que o reitor "não deixou". Isto mostra que Massola é apenas um capacho sem poder de decisão a mando de Rodas, cujo interesse é a todo custo tentar impor uma derrota aos trabalhadores da USP para servir aos interesses do governo, que há muito já tenta se livrar da pedra no sapato que tem sido esta categoria para a implementação de seus planos na USP e nas universidades estaduais paulistas como um todo.

Na creche central, subordinada à direção da Coseas, desde o começo da greve vem se manifestando um assédio moral que afronta o direito de greve das trabalhadoras. Após se votar a greve, a chefia impôs uma absurda "greve alternativa", em que a creche funcionaria três dias por semana e paralisaria dois. Contra a intransigência da reitoria em adiar a negociação semana após semana e não avançar em nada, contra o corte dos salário e contra o assédio moral da chefia que impede o exercício do direito de greve, as trabalhadoras da creche decidiram fechar o prédio.

A mídia saiu em disparada colocando a greve da creche como uma "violência" às crianças, filhos de trabalhadores e professores da USP, que são atendidas por estas trabalhadoras (publicando inclusive mentiras). Mas esta mesma mídia não levanta sua voz para falar das mais de mil famílias que estão submetidas à fome pelo desconto ilegal dos salários. Contra esta medida absurda, que vem sendo referendada pelo próprio presidente Lula em seus discursos reacionários contra o direito de greve, os trabalhadores da USP já mostraram que estão dispostos a resistir. Na semana passada anunciaram que se novamente Rodas se mostrar intransigente e não atender às reivindicações na negociação de quarta-feira, o Centro de Computação e Eletrônica (CCE) seria piquetado também. Assim, Rodas militarizou a USP mais uma vez, enchendo o CCE de policiais militares!

CCE militarizado com dez viaturas da PM pela manhã de hoje

Estamos hoje no piquete da creche central e estaremos ao lado dos trabalhadores da USP em todas as suas medidas contra o corte dos salários e por negociações reais! Chamamos todos os estudantes a se incorporar a esta luta fundamental!

Pelo pagamento imediato dos salários cortados!

Reabertura imediata das negociações!

Fora PM do campus!

Veja a cobertura da mídia ao piquete da creche: O Globo, IG, G1, R7, vídeo da TV Estadão, Terra, CBN

Nenhum comentário: