quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Hoje! 03 de outubro: Artistas contra o golpe em Honduras!


Neste sábado, na casa Socialista Karl Marx de Cultura e Política, a partir das 14h.
Acompanhe mais atividades realizadas pela APP em nossa agenda!




Ato em solidariedade ao povo hondurenho!

Sexta-feira 17hs no vão livre do MASP: Todos ao ato contra o golpe em honduras em solidariedade a resitência do povo hondurenho!

Nessa sexta-feira, dia 2 de outubro, as 17hs no vão livre do MASP em solidariedade a resistência do povo hondurenho. Esse ato está sendo convocado pelo Comitê contra o golpe em Honduras, composto por correntes e entidades sindicais da esquerda que querem debater saídas frente ao golpe. Nós do Movimento A plenos pulmões, que há tempos vinamos fazendo uma campanha democrática nos lugares aonde estamos, fazemos coro com o chamado desse ato e colocaremos toda a nossa força política ao lado dos trabalhadores e do povo hondurenho. É extremamente necessário que esse ato seja uma embrião para mobilizar não só os estudantes em cada universidade, mas também os trabalhadores, principalmente os que atualmente protagonizam lutas importantes no cenário nacional.

Temos que transformar a solidariedade internacional a população de honduras, que sofre com o golpe militar e a retirada de seus direitos democráticos, em apoio ativo nas universidades e locais de trabalho. Propondo uma alternativa indepednente dos setores da burguesia que são incapazes de restabelecer as garantias democráticas a população. A ANEL, entidade nacional estudantil recém criada deve redobrar seus esforços para transmitir essa campanha de solidariedade nas escolas e universidades do Brasil. Estabelcendo um plano de mobilizações permanentes para o próximo período que ajude na luta do povo hondurenho e na sua resistência ao golpe.

Viva a lutas dos trabalhadores e do Povo Hondurenho!! !
Todos ao ato de sexta-feira! !!


Basta do silêncio da intelectualidade!


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Kraft-Terrabusi VÍDEO

http://www.youtube.com/watch?v=YxDs8ps6w6U

Envie uma moção em solidariedade à Kraft-Terrabusi

No dia de hoje, 25 de setembro, a polícia argentina desferiu uma brutal ofensiva repressiva contra os trabalhadores da Kraft-Terrabusi (ligado ao grupo Lacta no Brasil). Os trabalhadores desta fábrica estão protagonizando há quase 40 dias uma luta heróica contra a demissão de 160 trabalhadores por parte da patronal, de origem norte-americana.

Estas demissões visam quebrar as bases de organização dos trabalhadores, que se iniciou quando os trabalhadores questionaram a negativa da empresa em observar as normas básicas de higiene em plena epidemia de gripe A, e se desenvolveu a partir da organização pela base dos delegados de trabalhadores, que cansados da burocracia sindical oficial passaram a se organizar em defesa de seus direitos.

Agora, a polícia, a mando do governo local e da patronal, atacou os trabalhadores com balas de borracha e bombas de gás. Muitos estão feridos e detidos, e outros intoxicados pelo grande volume de gás.

Todos que queiram manifestar seu apoio à esta importante luta, favor enviar seu nome completo/instituiçã o-organizaçã o para:
apoioterrabusi@ yahoo.com. br

APOIE A LUTA DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DE TERRABUSI




MOÇÃO DE REPÚDIO À REPRESSÃO AOS TRABALHADORES
DA TERRABUSI NA ARGENTINA



Dirigimos-nos por meio desta às autoridades competentes para expressar nosso profundo repúdio com a maneira como os trabalhadores da multinacional Kraft-Terrabussi, situada em Pacheco, estão sendo tratados. Consideramos intolerável a brutal repressão desferida pelo governo local, a mando da patronal norte-americana, que resultou em feridos e militarizou a fábrica.
Os trabalhadores estão exercendo seu direito à mobilização contra as 160 demissões, de caráter abertamente arbitrário e persecutório por parte da direção norte-americana da empresa. Isso se demonstra, inclusive, na demissão dos delegados de base da empresa, qualificando o ato da patronal como perseguição política e tentativa de impedir a organização dos trabalhadores, direito democrático previsto em lei.
Por outro lado, gostaríamos de fazer notar que se há alguém que está desrespeitando as leis argentinas é justamente a patronal da Kraft-Terrabussi. A direção do grupo norte-americano primeiro se negou a cumprir a conciliação obrigatória ordenada pela Justiça. Depois, em mais um ato ilegal para coagir os trabalhadores negou-se a pagar a totalidade dos salários, afirmando que só o faria mediante a expulsão dos demitidos.
Portanto, tendo em vista o caráter justo da mobilização dos trabalhadores e das trabalhadoras da Kraft-Terrabusi argentina, nos pronunciamos pelo fim imediato da repressão, pela saída da polícia e das forças repressivas da fábrica e pela libertação dos presos.

Moção da APP contra a repressão em Terrabusi-Argentina!

ABAIXO A REPRESSÃO AOS TRABALHADORES ARGENTINOS DA TERRABUSI! LIBERDADE A TODOS OS PRESOS!
Nós do Movimento A Plenos Pulmões repudiamos a brutal repressão desencadeada pela polícia do governo argentino a pedido da patronal norte-americana Kraft-Terrabusi, contra a heróica luta que os trabalhadores estão protagonizando há mais de 1 mês pela readmissão de 160 trabalhadores que foram demitidos por reivindicar melhores condições de trabalho frente aos crescentes casos de gripe A na fábrica pela patronal não respeitar as normas de básicas de higiene nas suas instalações em plena epidemia. No último dia 25 de setembro a polícia argentina promoveu uma ofensiva na fábrica paralisada ferindo e prendendo diversos militantes, ativistas e trabalhadores. Essa repressão é combinada com um ataque a organização política e sindical dos trabalhadores que vinham enfrentando a burocracia sindical oficial organizando suas lutas a partir de delegados de base. Nos colocamos ao lado da luta dos trabahadores e enfrentamos junto com eles as balas de borracha e bombas de gás lançadas pela polícia argentina a mando da patronal e do governo. Basta de repressão aos trabalhadores. Pela imediata liberação de todos os presos!



Fotos atos na Argentina e Brasil, respectivamente

Honduras: a situação exige redobrar a mobilização!

Nos últimos dias um novo período se abriu em Honduras. Com a volta de Zelaya, e seu exílio na embaixada brasileira, intensificaram-se, por um lado, a exemplar resistência do povo hondurenho e, por outro, a brutal repressão das forças militares golpistas. Imediatamente após a notícia de que o presidente deposto havia retornado ao país, o governo interino já havia decretado toque de recolher em todo o território nacional e fechado todas as fronteiras e aeroportos para tentar conter a resistência que já vinha forte desde o primeiro dia do golpe. Em contrapartida, a resistência, encabeçada pelas mulheres hondurenhas e pela juventude, se apressou em sair às ruas, protagonizando duros embates contra o exército e a polícia e assumindo o controle de diversos bairros nas cidades de Tegucigalpa e San Pedro Sula. Os diversos depoimentos que recebemos desde Honduras relatam a invasão de casas, a formação de verdadeiros campos de concentração em ginásios esportivos, corte no abastecimento de energia e alimentos, estupros e o saldo de pelo menos três novas mortes que se somam às já ocorridas nos primeiros dias de repressão. Fatos que nos lembram os piores momentos das ditaduras militares vigentes na América Latina no século passado.
Desde então o conflito vem ganhando as manchetes dos principais jornais de todo o mundo e foi assunto corrente na 64ª Assembléia Geral da ONU ocorrida nesta última semana.

Para além da demagogia

Para além da demagogia do discurso dos líderes dos principais países desde o palanque da assembléia da ONU, em que se volta a condenar o golpe e a se exigir o imediato retorno de Zelaya ao governo hondurenho, está o projeto imperialista de promover a volta negociada do presidente deposto em contrapartida à anistia geral aos golpistas e à renúncia da convocação de uma Assembléia Constituinte. Essa proposta, já aceita por Zelaya, na realidade significa a consolidação do golpe, a garantia de poderes especiais aos setores da burguesia e da Igreja que o promoveram e a derrota à resistência do povo hondurenho. Neste sentido, a volta de Zelaya a Honduras no último dia 22 e seu refúgio na embaixada brasileira tem o objetivo de impor este acordo ao governo golpista de Michelleti, que por sua vez tenta consolidar o golpe via realização das eleições presidenciais marcadas para novembro. É a serviço desses interesses que estão colocados os esforços de Lula em conceder abrigo a Zelaya, além da tentativa de consolidar o Brasil como agente que garanta a estabilidade imperialista na América Latina.
É importante também desmascarar a demagogia de Chavez e o bloco da ALBA, que ao mesmo tempo em que fazem a denúncia e dizem promover o “socialismo do século XXI”, pactuam com o acordo que vem articulando os Estados Unidos para consolidar o golpe às custas do povo.

Derrubar o golpe com a mobilização!

Neste momento devemos ter muito claro que a única saída que garantirá a queda da ditadura militar vigente em Honduras, a punição aos golpistas e melhores condições de vida à população do segundo país mais pobre da América Latina em meio à crise capitalista é a derrubada do regime pela resistência dos trabalhadores e do povo hondurenho e pelas ações de solidariedade pelo mundo inteiro! Não podemos permitir qualquer acordo de conciliação com os golpistas, muito menos aqueles assinados com o sangue dos lutadores hondurenhos!

Nós, estudantes reunidos no Movimento A Plenos Pulmões, fazemos um amplo chamado ao movimento estudantil brasileiro, em especial à ANEL, para que concretizemos uma ampla campanha em solidariedade à resistência hondurenha e contra o golpe, que parta desde as escolas, universidades e locais de trabalho onde estamos e que se concretize na construção de grandes atos, chamando a esquerda brasileira a romper com a apatia que vem apresentando até agora. Esforcemo-nos para que esse debate esteja constantemente presente nas salas de aula, organizemos debates, manifestações artísticas (exposições fotográficas, pichações, filmes, festivais, etc.), ou seja, tudo o que estiver ao nosso alcance para contribuir na solidariedade e para que possamos romper com o corporativismo e forjar um m.e. verdadeiramente internacionalista.

Por que o silêncio?

Frente ao absurdo silêncio que paira nas universidades brasileiras sobre o que se passa em Honduras gostaríamos de fazer uma pergunta: Onde estão os intelectuais que tanto se orgulham de ter lutado bravamente contra a ditadura no Brasil? Com essa pergunta não queremos de maneira alguma desmerecer o papel que tiveram na luta contra a ditadura, mas exigimos que desçam de seus castelos e se posicionem sobre o golpe e a brutal repressão em curso.

Moção do CACH e CAP Unicamp contra o assédio em Araraquara

O Centro Acadêmico de Ciências Humanas (CACH) e o Centro Acadêmico de Pedagogia (CAP), da Unicamp, repudiam veementemente os episódios de assédio sexual e ameaças contra as estudantes da Moradia Estudantil da Unesp de Araraquara, que nesta segunda chegou ao absurdo de um incêndio criminoso na casa de uma das vítimas. Solidarizamos-nos com a decisão tomada na assembléia dos moradores de lá pela imediata expulsão do agressor.
Desde já nos colocamos ao lado de nossas companheiras e companheiros de Araraquara que estão travando esta tão importante e necessária luta, e estamos à disposição para ajudar em tudo o que pudermos.
Chega de assédio sexual e ameaças em Araraquara! Imediata expulsão do agressor! Que os estudantes, trabalhadores e professores se organizem contra a violência contra as mulheres e as opressões nas universidades e moradias!

Basta de assédio nas moradias das universidades!


Reproduzimos abaixo declaração pública da Assembléia de Moradia Estudantil na Unesp de Araraquara.Nós, estudantes da UNESP Araraquara e residentes na Moradia Estudantil, viemos através deste manifestar repudio aos casos de assédio sexual e moral dentro da Moradia. Reunidos em assembléia geral de moradores – realizada dia 1º de setembro – deliberamos pela expulsão do morador que, inúmeras vezes, assediou moral e sexualmente moradoras. Decidimos por essa atitude porque entendemos que é impossível aceitar qualquer forma de opressão – ainda mais em um nível tão absurdo - dentro de qualquer espaço, muito menos no da Moradia, que tem como fundamental tarefa abrigar os estudantes que não tem condições de se manter financeiramente na universidade. Cabe ressaltar que a luta dos estudantes da moradia é a de que todos que necessitem, estejam da moradia, mesmo que algum estudante seja considerado “irregular” pelos órgãos da direção da faculdade e lutamos pela construção de mais blocos de moradia para poder garantir a permanência de todos, a exemplo da greve dos estudantes de 2007 que nos possibilitou a conquista de mais 32 vagas através de um novo complexo de blocos que estão em construção. Nesse sentido a despeito do que o estudante que assediou os demais moradores, colocou que foi perseguido por ser “irregular”, afirmamos categoricamente que a decisão de expulsão foi decidida no marco da luta política contra a opressão às mulheres dentro da moradia. Fazemos aqui um apelo a todos os estudantes, funcionários e professores assim como ao conjunto das pessoas que se solidarizarem, que mandem moções e assinem o abaixo assinado contra esse ato intolerável impulsionado por deliberação da assembléia.

Movimento A Plenos Pulmões discute a crise em curso




CURSO E PLENÁRIA DO MOVIMENTO A PLENOS PULMÕES: UM RESGATE DO MARXISMO REVOLUCIONÁRIO E AS TAREFAS PARA ENFRENTAR A CRISE



No último final de semana dos dias 26 e 27 de setembro, em Santana do Parnaíba- SP, o Movimento A plenos pulmões fez um curso que discutiu as estratégias marxista e autonomista frente aos principais processos históricos e também a expressão delas nas últimas lutas estudantis. Além disso, aconteceu uma importante plenária que serviu para aprofundarmos as tarefas do Movimento Estudantil frente a crise econômica, sua aliança estratégica com a classe trabalhadora e a solidariedade internacional aos trabalhadores e povo hondurenho que lutam há meses contra o golpe militar na região.

Longe de ser um curso acadêmico que não propõe ações concretas e nem exercício de reflexão da própria realidade, o curso teve como objetivo resgatar o pensamento marxista para comprender o atual processo estrutural da crise capitalista, desmistificando a notícia midiática que a crise já passou e mostrando de como a juventude e os trabalhadores são os que mais arcam com essa demagogia que na verdade só serve pára livrar a cara dos grandes monopólios e governos que continuam redistribuindo os prejuizos, explorando e oprimindo trabalhadores em todo o mundo.

A importância de resgatar os principais aspectos teóricos e ideológicos do marxismo para a compreensão da crise é de se preparar para um novo eclodir de mobilizações que já acontecem de forma parcial e embrionária no mundo inteiro. Isso significa que a atuação no movimento estudantil hoje para nós da APP é a fusão da teoria e ideologia marxista com a ação concreta na luta de classes em aliança com os trabalahdores. Diferente do autonomismo hoje presente na Academia, fruto da ofensiva idológica neoliberal dos últimos anos que nega todo e qualquer tipo de poder, mas efetivamente não o enfrenta ao passo que renga qualquer tipo de organização entre a jventude e os trabalhadores nos processo de luta.

É fundamental, desde as universidades, nos organizarmos e se ligar organicamente aos processos mais dinâmicos que acontecem não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Como é o caso da luta dos trabalhadores Argentinos em Terrabusi contra a dura ofensiva da patronal norte-americana e da ação policial do governo Argentino que feriu e prendeu diversos de militantes e ativistas que lutam por melhores condições de trabalho e contra as demissões feitas pela Empresa. Ou aqui mesmo como as atuais greves que começam a surgir no ABC paulista, nos correios, bancários e que sem dúvida apontam a necessidade de unificarmos as bandeiras estudantis om as operárias,

Nesse sentido através também da Plenária que fizemos conseguimos apontar diversas perspectivas para a partir da A Plenos Pulmões construirmos um Movimento Estudantiil que tanha para suas lutas um caráter estratégico frente a realidade. Nos debates abrimos a importância hoje da recém criada ANEL que se propõe a reorganizar politicamente o Movimento Estudantil e suas entidades em contraposição ao aparato governista da UNE, não cometer erros graves de sua fundação por fora das greves e lutas do 1º semestre e fazer com que seu caráter anti-governista se expresse numa entidade combativa e militante que não só responda os ataques do Governo Lula para Educação, mas principlamente aliada com os trabalhadores e o povo deêm saída para a crise da universidade, democratizando seu acesso através da luta pelo fim do vestibular e da estatização das universidades particulares.

A fusão entre a teoria e a prática, o resgate do marxismo como estratégia e aliança com os trabalhadores são os principais eixos o qual organizamos o Movimento A Plenos Pulmões e chamamos toda a juventude, os estudantes, secundaristas e universitários a debater nosso programa e construir esse movimento.


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Curso: Desvendendo a crise capitalista

Desvendando a Crise Capitalista!Um debate entre marxismo e autonomismo

Neste mês de setembro o Movimento A Plenos Pulmões está convidando todos os estudantes a participarem de uma viagem teórica e ideológica no intuito de pôr em debate o mundo em que vivemos. Estaremos em um sítio em Santana do Parnaiba durante os dias 18 e 20 de setembro para, além de uma boa confraternizaçã o, estabelecer uma roda de debate para desvendar as particularidades e conseqüências da crise capitalista que recai sobre nós tendo em vista as principais ideologias que nos permeiam hoje, o marxismo e o autonomismo.
Veja o cronograma e a bibliografia em nossa sessão "agenda"

Desatai o Futuro - PUC-SP

Editorial
Hector Palacios – Militante do Movimento A plenos Pulmões e estudante do 2º ano Economia PUC-SP
Podemos observar um colapso no sistema organizativo da universidade dentro do Brasil. A universidade brasileira é uma instituição que sofre um ataque e tem sua ideologia voltada à classe dominante. A principal característica da crise na universidade brasileira é uma massificação tardia e de caráter privatista. A universidade hoje está ligada ao processo de reestruturação produtiva, visando aumentar o número de profissionais “qualificados” para o mercado conforme as reestruturações tecnológicas e automatizadas, mas ao mesmo tempo fazer da universidade um mercado, administrando a universidade como um novo nicho de valorização do capital (como muitos grupos multinacionais hoje especulam dinheiro da educação na bolsa de valores).
De uma maneira mais geral, a universidade brasileira tem duas grandes peculiaridades: “o primeiro é do ponto de vista da burguesia, que necessita de formação de mão-de-obra qualificada”1 para o aumento da produção e acumulação, mantendo desta forma a produtividade; “o segundo é do ponto de vista da população, que anseia (ainda que de forma passiva) pela democratização do acesso. É nesse marco que devemos encarar a política dos governos, as tendências a ataques, mobilizações e eventualmente concessões (...) Foi esse duplo aspecto da crise na universidade brasileira que Lula conseguiu explorar, desarmando o movimento estudantil”2.Nos defrontamos com problemas novos frente à crise financeira (que observamos na universidade), mas também com antigos e históricos obstáculos que entravam nosso avanço. E um desses problemas antigos, muito conhecido por todos nós é a questão da agitação, propaganda e imprensa.
Teremos um espaço que caminhará paralelamente com o Núcleo de Estudos por nós proposto de uma maneira contundente em nosso Manifesto Fundacional (neste boletim publicado); fazer discussões sobre arte e cultura dentro da sociedade e o seu papelinovador e criador de um novo tipo de sociedade com a exposição de artigos que explicitem uma cultura rica, anteposta à ideologia e propaganda da burguesia; e também, sempre buscaremos inserir as datas de eventos relevantes aos estudantes em geral.Como disputar o espaço na consciência da classe trabalhadora com a imprensa burguesa? Essas e outras questões sempre fizeram parte das nossas preocupações, porque sempre vemos o espaço da esquerda estendido até os lugares mais distantes, aonde a militância cotidiana não consegue chegar. Procuramos então descobrir o segredo de fazer um jornal que fosse uma ferramenta de aglutinação de idéias, de enlace entre aqueles que estivessem dispostos a transformar a sociedade. O nosso jornal é democraticamente organizado e não burocratizado. São características necessárias!
Com nosso jornal, esperamos contribuir com a construção de um movimento estudantil que adote uma perspectiva estratégica e que lute pela aliança entre estudantes e trabalhadores!
A hegemonia da burguesia dentro da universidade que hoje é sustentada pela burocracia acadêmica serve à sua permanência e manutenção de hegemonia social. Disso parte a necessidade de um movimento estudantil que não lute meramente por “espaços” e “melhorias” em cada universidade, mas que enfaticamente questione a universidade e a sociedade, o conteúdo lecionado, e a burocracia acadêmica.
É tempo de desatarmos o futuro! E com isso fechamos este editorial, convidando a todos que participem conosco da construção do Desatai o Futuro – PUC, um boletim de debate marxista, cultura e política, impulsionado pelo Movimento A Plenos Pulmões!
Manifesto de fundação do Núcleo de Filosofia e Práxis Marxista- “Communards”.
“Paris dos operários, com sua Comuna, será eternamente exaltada como o porta-bandeira glorioso de uma nova sociedade. Seus mártires têm seu santuário no grande coração da classe operária. Quanto a seus exterminadores, a história já os cravou para sempre num pelourinho, do qual todas as preces de seus clérigos não conseguirão redimi-los”
Karl Marx (Guerra Civil em França - 30 de Maio de 1871)

A esquerda e os trabalhadores sofreram durante as últimas décadas uma imensa derrota, que atingiu a consciência e a ideologia revolucionária, enquanto simultaneamente a massa da população do planeta empobreceu como trabalhadores assalariados. O fim da URSS, a restauração da economia de mercado no Leste Europeu e da propriedade privada na China, abriram as portas para as ideologias conservadoras da “globalização”, da “livre concorrência”, da “mão invisível do mercado” e do desenvolvimento “ilimitado” do capitalismo financeiro. As políticas conservadoras deixaram, como herança para as novas gerações de trabalhadores do campo e da cidade, o desemprego estrutural, o trabalho informal e desregulamentado, serviços públicos cada vez mais precários e uma liberdade assistida, parcelada e cobrada a prestações.

O Estado burguês-liberal, que dizia combater o totalitarismo, é o mesmo que proporciona a opressão policial nas periferias, a tortura, a “guerra ao terror” imperialista que extermina grupos étnicos e implanta golpes militares. Os recentes Golpes de Estado, consumados ou fracassados, nos mostram que a luta contra a ditadura não acabou nas constituintes. Em todos os países “democráticos” ou ditatoriais, ainda vivemos em uma verdadeira ditadura do capital. A crise capitalista atual e seus reflexos nos mostram os limites da fantasia contemporânea da “democracia como valor universal” na sociedade capitalista.

A “esquerda oficial” de outrora - e seus burocratas - se transformou hoje em ministra direta do Estado capitalista. Os partidos “comunistas” tradicionais apenas mantiveram seu nome, e como exemplo mais legítimo desta tragédia, não existe mais uma referência política da classe trabalhadora e dos movimentos populares.

É do monopólio corporativo toda a propriedade, o uso do conhecimento ainda é de direito exclusivo do patrão. Na universidade, historicamente aristocrática e elitista, o ensino virou uma linha de montagem de trainees da doutrina técnica e funcional, o espaço dos pensadores liberais e dos “críticos” pós-modernos “por excelência”. O capitalismo se reproduz dentro da universidade, na censura do controle de financiamento às pesquisas, na interferência das empresas de consultoria, das grandes farmacêuticas, das grandes empreiteiras, do monopólio bancário e industrial, nas ONG’s privadas, e por fim, na privatização direta das instituições e do conhecimento produzido.

Nossa luta é contra os intelectuais que se limitam a transmitir conhecimento “puro” (e também “neutro” diante das classes sociais antagônicas), que se adaptam à academia amorfa, contra os técnicos funcionais, os pseudo-democratas, os “libertários” de gabinete, o pretenso conhecimento “crítico” pedante que se coloca acima da vida concreta. Diluído neste caldeirão de idéias dominantes se prolifera um marxismo acadêmico, de teoria estéril e desprovida de ação subversiva. Estes cientistas estão plenamente legalizados pelo capitalismo, sobrevivem de nichos próprios, da necessidade de colóquios e direito a certificado e conclusão curricular. O marxismo não está no gabinete, nem tampouco no sindicalismo negligente ao rigor teórico, alheio à ciência marxista que está igualmente legalizado e absorvido pelo estado constitucional.

O marxismo está na busca incessante pela liberdade, na ciência da realidade, no enfrentamento à propriedade privada junto aos presos políticos, às diaristas, aos operadores de telemarketing, nos portões de fábrica, nos canaviais e dentro de empresas terceirizadas. A camada mais sólida do conhecimento humano deve se fundir com a camada mais explorada da sociedade.
Estamos diante da carência estrutural e pobreza curricular, academicista e formalista de que se reveste a universidade. As grades curriculares atuais têm a necessidade de formar para a “prática profissional” e para o exercício da “cidadania”. Através da consciência revolucionária, é necessário o questionamento do conhecimento produzido pela academia e seu uso pelo capitalismo. Partimos do questionamento da sociedade de classes para o questionamento da universidade de classes. A universidade deve estar em disputa!

Nosso objetivo maior é promover o debate da política, da teoria, da economia, da arte e da filosofia com base num estudo aprofundado da teoria e ação marxista – condição fundamental para uma legítima unidade dialética entre teoria e prática. Não nos restringimos aos colóquios e palestras para atingir nosso objetivo. Estamos nas ruas, nos sindicatos, nos parques industriais, nos conflitos com a polícia, no cotidiano. Sem consciência e teoria revolucionária não há prática revolucionária, a nossa existência determina nossa consciência e por isso a subversão é necessária para unificar a Arma da crítica e a crítica das armas!

PARTICIPE DAS PRÓXIMAS DISCUSSÕES DO NÚCLEO “COMMUNARDS”
1ª REUNIÃO : “MARX NAS BARRICADAS DA COMUNA DE PARIS”.
DIA 16/09 (QUARTA-FEIRA) AS 18HS NO MUSEU DA CULTURA!

PROIBIDO proibir PROIBIDO!
Por Felipe Campos.
1968
No teatro TUCA Caetano proferia as seguintes estrofes “A mãe da virgem diz que não...E o anúncio da televisão...Estava escrito no portão...E o maestro ergueu o dedo...”. Em evidente ruptura estética musical com aquilo que havia se padronizado como música brasileira (“o banquinho e o violão), Caetano era vaiado pela platéia que não percebia que ele em 4 estrofes contestou a moral sexual, a ideologia dominante, o modelo do consumo capitalista e o cerceamento da liberdade artística. Com a influência das manifestações estudantis e operárias que tinham na França naquele ano de efervescência cultural e política, Caetano e Gil, foram para aquele Festival Internacional da Canção com a intenção de quebrar o “ideal de cultura” ali posto e consagrado.
Minutos antes de cantar “proibido proibir” (clara alusão ao movimento estudantil francês), Gil acabara de ter sido desclassificado do festival por ter cantado “Questão de Ordem”. Caetano indignado com a estrutura do festival começou a cantar ao som das guitarras elétricas, prerrogativa para também, paralelamente, começar a ser vaiado. Decidiu então parar no meio da música e denunciar o caráter do festival, assim como mostrar que a juventude que lhe vaiava não enxergava a subversão e política como elementos ligados para combater a ditadura militar. Nas palavras dele:
“Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder? Vocês têm coragem de aplaudir, este ano, uma música, um tipo de música que vocês não teriam coragem de aplaudir no ano passado! São a mesma juventude que vão sempre, sempre, matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem! Vocês não estão entendendo nada, nada, nada, absolutamente nada. Hoje não tem Fernando Pessoa. Eu hoje vim dizer aqui, que quem teve coragem de assumir a estrutura de festival, não com o medo que o senhor Chico de Assis pediu, mas com a coragem, quem teve essa coragem de assumir essa estrutura e fazê‑la explodir foi Gilberto Gil e fui eu. Não foi ninguém, foi Gilberto Gil e fui eu!”

Caetano, assim como indicava em sua música – “Eles estão nos esperando...Os automóveis ardem em chama...”-o questionamento do movimento estudantil no maio de 68 em relação aos valores pré determinados da sociedade capitalista, ao mesmo tempo alertava a juventude para radicalização política da arte.
2009.
Caetano e Gil não são os mesmos artistas radicais daquele período, assim como a Puc-SP e o TUCA não tem mais a tradição de abrigar manifestações como aquela. Hoje a Puc-SP é administrada diretamente pela Igreja e o TUCA gerido pelo Banco Bradesco. O resultado disso é que o proibido proibir foi proibido, e hoje não podemos entrar com um simples violão que somos barrados na porta da universidade...Quiçá guitarra elétrica!
Hoje são inventadas desculpas através da criminalização ao usuário de drogas para aumentar a vigilância dos seguranças e câmeras na universidade, assim como também aprovar carteirinhas (como o CONSAD está deliberando através dos padres e do reitor) para identificar os estudantes no campus e mais pra frente construir catracas que garantirão quem entra ou não na Puc-SP. É lógico que a Puc-SP de hoje também se enquadra na lei-anti fumo, pois o que for “anti” é bom para a Fundação São Paulo e para a reitoria.
Festas, hoje, são proibidas, estudantes são punidos por lutarem por uma educação pública e pelo fim da influência da Igreja no ensino. E tudo isso em nome da “democracia”, a mesma “democracia” que os militares em 68 falavam em garantir. Não precisa aprovar nenhum AI-5 atualmente, já existe um estatuto que fala que a universidade deve se guiada pelos ideais cristãos que significam criminalizar o direito o aborto as mulheres, coibir o uso da camisinha, criar um comitê de ética que avaliará nossas pesquisas acadêmicas e ensinar uma moral de uma igreja que hoje apóia o Golpe militar em Honduras. Esses elementos não têm nada a ver com a fé que vários estudantes possuem em relação a uma religião, mas sim tem haver com uma instituição milenar que historicamente sempre esteve a favor das classes dominantes.
Recuperemos o espírito revolucionário de 1968 que estudantes e trabalhadores questionavam não só os valores culturais, como também um modelo econômico e político sustentado pela ganância e exploração. Façamos da subversão não um fim em si mesmo, mas sim um fim político que se confronte com a ordem imposta pela estrutura de poder atual do controle da Igreja e da burocracia acadêmica a serviço do pagamento religioso da dívida com os grandes bancos. E como diria o Caetano de 1968: “Derrubar as prateleiras, as estantes, as estátuas, as vidraças, louças, livros sim...”.

PUC-SP inicia o semestre sem aulas, mas com carteirinhas e Padres no Comitê de ética!
Por “Marquinhos”- Estudante de Ciências Sociais, militante da Ler-qi e do Movimento A plenos pulmões.

Mais um semestre se inicia e os problemas acadêmicos, financeiros e políticos da Puc-SP permanecem. Filas irritantes, longas e que geralmente não resolvem nossos problemas na SAE, mensalidades que já passaram do nível de absurdas e agora estão no patamar inacreditável, um reitor que tem pose de democrático, boa retórica, mas faz tudo que a Fundação São Paulo quer. Além de tudo isso, o curso de Ciências Sociais mais uma vez inicia o semestre sem licenciatura pra variar, e o pior, também sem aulas.
Entretanto, de onde vem esses problemas que sempre nos deparamos? E a serviço de quem está o conhecimento produzido na Puc-SP?
Essa duas perguntas apesar de diferentes, possuem respostas que convergem e estão intimamente ligadas a estrutura de poder da Universidade. Para sanar um rombo financeiro histórico que a Puc-SP tinha com mais de 17 bancos, a Fundação São paulo e seus padres representantes conseguiram ter uma força política maior para intervir na Universidade. Lógico que isso foi acordado com todos os “conselheiros” do CONSUN que com medo da PUC-SP fechar pela má gerência deles, acabaram ficando nas regras do capital, prometeram pagar a dívida para os “pobres” Bancos Bradesco e Real e imploraram para que a Fundação São Paulo os ajudasse como mantenedora que é.
A Fundação São paulo ajudou todos os burocratas que controlam a Universidade, mas em torca disso exigiu demissões, maximizou contratos e é claro buscou todas as brechas para ter também sua fatia no bolo nas instâncias de poder da PUC-SP.
Maura Véras se foi e entrou Dirceu de Melo na reitoria com discurso de mudança, e na prática o que vimos ser feito nos bastidores foi o redesenho de todas as faculdades e a continuidade do poder cada vez maior da Igreja e de seus Padres. Votou-se um novo estatuto e criou um orgão de deliberativo superior aos todos já famigerados conselhos que é o CONSAD, concretizando o poder administrativo, político e financeiro da Fundação São Paulo na Puc-SP.
Tudo isso foi junto com uma elitização de todos os cursos da universidade, cortando bolsas de estudo, expulsando inadimplentes, e criando modernos mecanismos de cobrança que dificultam a permanência de qualquer estudante. Mas os senhores e sacerdotes que estão no Controle ainda não estão satisfeitos, querem mais! Logo no início do semestre, quando as aulas nem tinha começado já desenvolveram outros ataques que são expressão do livre terreno que a Igreja quer ocupar de forma reacionária e conservadora na Universidade. As propostas da vez agora são as velhas carteirinhas e a reformulação do comitê de ética em pesquisa.
A função das carteirinhas todos já sabemos que é para formalizar e institucionalizar algo que já existe implicitamente em relação ao acesso a Universidade, restringindo a presença dos trabalhadores e da população . Por isso, que independente das desculpas sacerdotais que as carteirinhas seriam por questões de segurança, o fato é que expressam o 1º passo para a criação de catracas e um salto no cerceamento aos espaços da universidade, impedindo cada vez mais a entrada “dos estranhos- aqueles que não tem dinheiro para dar para Igreja”.
Já esse comitê de ética é tão sinistro quanto as propostas das carteirinhas. Ele seria reformulado pelas pró-reitorias e pela Fundação São Paulo (os padrecos), sendo um orgão que avaliaria todas as pesquisas acadêmicas da Universidade. Ah...Você quer pesquisar sobre a colonização do Brasil? Nada de pesquisar sobre os indios que foram torturados e massacrados pela Igreja católica viu! Só pode saber dos Sermões do padre Vieira e também das empreitadas de Anchieta! Quer estudar segunda guerra mundial? Tudo Bem! Mas só não vale falar que a Igreja Católica apoiou o nazismo e o fascismo!
Enfim, temos que nos mobilizar e desde já oferecer alternativas a esse projeto conservador da reitoria, bancos e Fundação São Paulo. Nos colocando contra esses ataques, mas também entre nós pensar e discutir como podemos oferecer a saída para uma Universidade que permita novamente a criação e pesquisa acadêmica, que abra suas portas para os trabalhadores e o povo e não seja mais controlada por esses carcomidos representantes da ordem e dos bons costumes!

Reproduzimos abaixo um entrevista que o Boletim Desatai O Futuro fez com Natasha Bachini, estudante do 3º ano de Ciências Sociais. Natasha fala sobre a condição acadêmica atual da Universidade e de como ela vê essas questões relacionadas a estrutura de poder.

Como começaram as aulas na sua turma?
N.B.: Em nossa turma, nos deparamos com pelo menos dois problemas: uma grade horária fictícia publicada na pré-matrícula, onde pelo menos 50% dos nomes de professores citados para ministrar as disciplinas não correspondia a realidade, e o atraso do início da disciplina de Política VI devido a falta de um professor para a disciplina.Além disso, todas as solicitações de revisão de nota não foram respondidas dentro do prazo estipulado pela Faculdade de Ciências Sociais. A unificação das secretarias das Faculdades desta Universidade resultou também em filas enormes e grande perda de tempo na hora de resolver questões de cunho administrativo.

Você vê algum tipo de relação com o que aconteceu no começo do semestre e o redesenho institucional, assim como a aprovação do novo Estatuto? Qual?
N.B: Grande parte das falhas administrativas e dos conflitos de informações ocorridos neste semestre são resultado da implementação das alterações realizadas pelo Redesenho Institucional nesta Universidade. A unificação das secretarias e o novo sistema de informações são um exemplo disso. Não sou a favor do inchamento burocrático que sempre foi marca registrada da PUC-SP, mas certas mudanças devem ser estudadas com cautela antes de serem colocadas em prática. A idéia deveria ser facilitar as relações acadêmicas, e não complicá-las ainda mais.

Quais iniciativas você vê para se enfrentar esse problema?
N.B: Percebo muita reclamação por parte dos estudantes, dos professores e dos funcionários, no entanto, não há mobilização. Apesar de insatisfeitas, as pessoas são desestimuladas pela atual estrutura acadêmica para reagirem, seja por conta dos lentos processos burocráticos, seja pela falta de espaço ou segurança para propostas e contestação. Sinto que alguns sentem receio de se manifestarem, temendo até mesmo algum tipo de retaliação. As instâncias administrativas consultadas se dizem propostas a resolverem as questões, mas até agora nada de concreto chegou até nós.

Na sua opinião, quais são os principais problemas da Puc-SP?
N.B:Nossa! Essa é uma pergunta que pode gerar páginas e páginas de resposta, risos.
Para mim, o principal problema da PUC-SP é a sua eterna contradição. Uma Universidade que aspira as liberdades de uma instituição de ensino pública dentro de um universo privado.
Vivemos uma Universidade que tem uma história de luta democrática, que garante a eleição de um reitor eleito pela comunidade e ao mesmo tempo as principais decisões administrativas são realizadas por interventores da Igreja. Se trata de uma universidade se diz filantrópica mas cobra uma mensalidade abusiva, mais de mil reais por mês, o que já seleciona uma boa parte de seus estudantes. O valor da mensalidade se reflete também nos serviços indiretos disponibilizados em prol da universidade, como a biblioteca, o xerox, alimentação e transporte.Muitos dos estudantes que aqui convivem comigo só conseguem se sustentar dentro da PUC-SP porque trabalham, e mesmo assim, há um alto índice de desistência. Principalmente os bolsistas, que obviamente não dispõe de recursos financeiros, sofrem dificuldades dentro do ambiente acadêmico devido ao seu alto custo, o que contribui para a intensa elitização do seu corpo discente.

Você acha possível solucioná-los pela atual estrutura de poder?
N.B.: A estrutura de poder na PUC é apenas uma das ramificações da forma como se organiza nossa sociedade. Pense nos problemas contemporâneos, como o desemprego, a desigualdade social, precarização do ensino, o desperdício de recursos naturais, etc. Você acha possível solucioná-los através da permanência do sistema do qual estes são conseqüência?

Fora Sarney ?!
Por Guilherme Soares- Estudante de Ciências Sociais e militante do Movimento A plenos Pulmões

Diante do lamaçal do Senado brasileiro e da tentativa da gestão do CACS (te convido a lutar) de ir além das reformas do C.A.


A história do Brasil é a história das oligarquias agrárias e seus coronéis disputando com a indústria do sudeste quem explora e assalta o suor dos trabalhadores. Depois da ditadura militar da qual José Sarney foi representante, esta se travestiu de “democracia” em 1985, com Sarney como presidente. O atual Senado brasileiro serviu desde então como uma instituição completamente aristocrática para ser apenas um contrapeso à Câmara dos Deputados. As leis votadas na Câmera dos Deputados são revistas no Senado, nele os estados mais populosos e com movimento operário e popular mais organizado são sub-representados em função dos estados com menor número de trabalhadores. Rondônia e Amapá tem a mesma representação de Rio de Janeiro e São Paulo.

O Senado absolveu Sarney, tendo como protagonista a intervenção direta de Lula, a bancada governista e toda a oposição burguesa, que também estava envolvida com os “atos secretos” como o caso de Arthur Virgilio (PSDB).

Pedir o “fora” de um senador ou outro não vai resolver os problemas “morais” causados pelo Senado, e ainda iguala a oposição de esquerda ao governo Lula com a oposição cínica da direita demo-tucana. É necessário levantar uma bandeira que seja de fato democrática aprofundando o descrédito dessas instituições do Estado que escancaram seu verdadeiro caráter, antes de tudo, é mais do que necessário exigir ABAIXO O SENADO! Por uma câmara única com deputados mandatados e revogáveis que não ganhem mais que o salário de um servidor público!
No último dia 27, quando houve um ato “Fora Sarney’’ realizado na frente do apartamento que o senador possui em São Paulo, o PSTU organizou apenas as entidades da qual faz parte, o CACS foi uma delas. Segundo os militantes do PSTU, o “Fora Sarney” não expressa suas posições políticas, seria na verdade para “mobilizar mais gente” e “dialogar” com o sentimento da maioria dos estudantes. Essa postura foi completamente fracassada, pois o ato que foi convocado de um dia para o outro não mobilizou mais do que 100 pessoas no total, de toda a PUC foram apenas sete pessoas, nem mesmo a atual gestão do CACS compareceu com todos seus membros.

Por que então fazer um ato que “não expressa” a sua verdadeira posição política? A resposta está nas eleições de 2010. A qual, o PSTU almeja costurar uma aliança com Heloisa Helena (que defende a Igreja, é contra a legalização do aborto e apóia alianças com empresários e a manutenção do Senado e da atual “democracia” como ela é) para a presidência numa dita “frente de esquerda”. O “Fora Sarney’’ acaba sendo a forma de dialogo com a bancada parlamentar do Psol, e acaba não questionando o regime político brasileiro

Reivindicamos a atual gestão do CACS em se colocar num debate político nacional. Porém, para nós essa saída só se constrói com um programa político que responda as contradições atuais da crise capitalista que demite trabalhadores na EMBRAER e promove golpe de Estado em Honduras, e não um programa eleitoral. O CACS vem se distanciando cada vez mais politicamente dos estudantes, mesmo tentando camuflar com reformas no espaço físico que não tem nenhum reflexo político. Queremos que o C.A. não seja apenas um Centro de entretenimento, mas sim de política, resistência, debate teórico e ideológico para o movimento estudantil.

Jornal Desatai o Futuro

A luta pela democratização das universidade e o questionamento de seu caráter de classe
Esta é a primeira edição do boletim Desatai o Futuro após o fim da greve das universidades estaduais paulistas. Ressaltamos a importância desta greve por ter aprofundado a crise aberta desde 2007 em uma das principais universidades do país, que não está separada da crise universitária do Brasil que viemos discutindo em nossos materiais. A entrada da polícia na USP representou um salto nesse processo, que se expandiu para além da própria USP. A greve foi rapidamente respondida pela mídia paulista, e até nacional, que passou a pautar o debate acerca do poder nas universidades e a acusar os estudantes e trabalhadores de vândalos e elitistas, que recusavam a “ampliação do acesso” através do ensino à distância.
O controle das universidades brasileiras é marcado pela mais profunda concentração de poder. Nas universidades públicas, o grau de participação da comunidade universitária na definição dos rumos da universidade fica atrás das conquistas elementares da Revolução Francesa, que defendia “uma pessoa, um voto”; nas universidades estaduais paulistas, sequer há eleições diretas para o cargo de reitor.
Sua composição e organização, e a submissão servil às políticas dos governos e das empresas financiadoras das universidades, transformam as estruturas de poder, ao mesmo tempo, em lança, para os governos e capitalistas
atacarem a qualidade do ensino superior, e em escudo, para os poucos doutores e titulares docentes burocratas permanecerem no controle social, político, ideológico, financeiro e pedagógico das universidades. E, por permanecerem no seu controle, eles mantêm o funcionamento das estruturas de poder intacto e imutável, gerando uma teia imunda de trocas de favores e interesses, cada vez mais rígida, em um ciclo aparentemente inquebrável!
Essa burocracia corrupta não abrirá mão dos seus privilégios, status e poder facilmente. Frente a toda contestação da situação, e em apoio a seu projeto de aprofundamento dessa situação, a burocracia deixa claros sua intransigência e autoritarismo, e o grau de concentração em que pretende manter o poder, reagindo com as mais duras medidas de repressão, sob variadas formas - seja a de suspensões, assédios morais e perseguições, e até mesmo demissões políticas como a de Claudionor Brandão, dirigente do Sindicato de Trabalhadores da USP, entidade incessantemente perseguida; ou ancorada nos órgãos repressivos do estado, como a polícia militar.
A auto reforma proposta por poucos... para manter tudo como está
Frente à pressão criada pela mobilização, e procurando contê-la com pequenas concessões, setores da burocracia acadêmica abrem a possibilidade de fazer tímidas reformas no regime universitário para supostamente tirar o peso excessivamente aristocrático do atual regime universitário. A USP é o exemplo mais emblemático disso. Setores da burocracia acadêmica levantam a possibilidade de acabar com o segundo turno de eleições para reitor e/ou democratizar o primeiro turno. Significaria reformar um processo eleitoral que não deixaria de envolver somente uma casta de professores, cabendo a escolha final à figura do governador estadual. Esse tipo de mudança expressa, assim, a necessidade de manter a figura monárquica do reitor e o aristocrático conselho universitário.
A armadilha colocada ao movimento: eleições diretas X questionamento do poder universitário
Frente à concentração de poder, grande parte do movimento estudantil mantém seu programa no campo da modificação do processo de eleição do reitor, defendendo eleições diretas. Esta discussão vem, necessariamente, atrelada à de qual deve ser a proporção de representação de estudantes, funcionários e professores no processo eleitoral. As universidades federais já contam com eleições diretas e paritárias, com base no estabelecido pela LDB (Lei de Diretrizes de Bases, segundo a qual há 70% de representação para professores, 15% para estudantes e 15% para funcionários), e ainda assim se encontram sob governos tão conservadores quanto os das estaduais paulistas com uma reitora que responde às ordens do governador, quebrando a elementar autonomia universitária e respondendo a um conselho universitário que é o verdadeiro poder nas universidades. Na USP – ainda com as eleições direitas, permaneceria um conselho de 110 membros eleitos pelas costas da maioria de estudantes, trabalhadores e professores, que se ergue como representante os 120000 membros da comunidade universitária.
Como tentativa de questionar o aspecto antidemocrático deste projeto, outros setores do movimento propõem o voto direto com a paridade ponderada entre estudantes, funcionários e professores, tendo, cada setor, o mesmo peso na escolha. Esta proposta, à esquerda das eleições direitas, com cara de progressiva, esconde seu caráter também meritocrático, que iguala o peso do restrito número de professores ao da esmagadora maioria estudantil que mantêm a concepção de que apenas professores podem ser candidatos para os cargos administrativos. E assim, o movimento cai numa armadilha, entrando na discussão proposta pela burocracia acadêmica (dos meios para as eleições do reitor e de reformas no atual regime), deixando de realizar o questionamento profundo de toda a estrutura de poder universitária, com base na mobilização baseada fundamentalmente na aliança operária estudantil.
Por um governo tripartite com maioria estudantil
Os estudantes e trabalhadores tem que lutar por uma democracia radical baseada em uma pessoa um voto, impondo com a luta a derrubada do conselho aristocrático e um novo conselho diretivo que seja coletivo, um verdadeiro governo tripartite com maioria estudantil e elegendo sim pelo voto direto os diretores de carreira. Um novo conselho democrático que convoque uma assembléia estatuinte para debater que universidade queremos. Estudantes e trabalhadores podem superar a armadilha do programa de Diretas para reitor, apontando um programa realmente radical e democrático nas universidades. Trata-se tão somente de levar a todas as instâncias de poder e decisão da universidade os preceitos básicos da democracia direta e universal, de forma que reflitam a composição da própria comunidade universitária.
A democratização da universidade a serviço de questionar seu conteúdo de classe
A democratização do poder nas universidades brasileiras não pode ser discutida em si mesma. Para além da luta pelo direito de decidir sobre a política que norteia as atividades da própria comunidade universitária, essa discussão deve se orientar por uma reflexão a respeito do papel da universidade, e, nesse sentido, ser realizada visando sua transformação. O movimento de contestação que se ergue nas universidades não pode se deixar cair na armadilha de lutar pela democracia na universidade por si própria, ignorando a realidade em que a universidade se insere. O movimento estudantil precisa romper o corporativismo em que freqüentemente se vê preso, e buscar se aliar, inclusive em seus objetivos, com a maioria da população e da classe trabalhadora.
Tomando como exemplo o que fizeram os estudantes franceses no Maio de 1968, é preciso partir “do questionamento da universidade de classes ao questionamento da sociedade de classes”. Isso passa por uma luta pela apropriação do conhecimento produzido na universidade para que ele se destine ao atendimento das necessidades da maioria trabalhadora da população. Sob o controle direto das organizações empresariais, a universidade é orientada pelos imperativos do mercado, movido pela busca do lucro que não faz distinção de qualidade entre o desenvolvimento de cosméticos e a pesquisa de remédios. Apesar de extensa, essa luta começa já nas salas de aula, no combate cotidiano contra as teorias que visam a conservação do atual status quo.
Isso passa também pela luta pela democratização radical do acesso à universidade. Não se pode aceitar a concepção elitista de uma universidade para poucos, que nega, a partir de um corte de classe, à maioria da população o direito de estudar. É preciso, no entanto, ir além de uma repartição mais democrática do número ínfimo de vagas existentes no ensino superior público. Uma verdadeira democratização do acesso à universidade implica em uma aplicação radical do número de vagas, no fim do vestibular, para que todos que queiram possam estudar.
Apresentando um programa para a realização deste objetivo - em oposição ao ensino à distância defendido demagogicamente pelo governo como medida de ampliação do acesso – defendemos como programa para o movimento a estatização dos grandes grupos privados do ensino, verdadeiros monopólios controlados pelo capital estrangeiro imperialista que parte de seus interesses para definir as políticas de ensino no país, controlando hoje três em cada quatro vagas do ensino superior brasileiro,enquanto lucra milhões especulando nas bolsas com o valor das mensalidades cobradas. Aqui trata-se de partir das necessidades reais da maioria da população e da defesa intransigente de um direito de todos.
É preciso, no entanto, que levantemos também um programa imediato que garanta à parcela majoritária dos estudantes universitários, alunos de universidades privadas, a continuidade de seus estudos, especialmente frente à dimensão dos cortes de postos de trabalho, demissões e reduções salariais com que os capitalistas respondem a sua crise. É preciso que nós, estudantes de universidades públicas e privadas, nos unamos para conquistar a anistia da dívida de todos os estudantes que já não conseguem pagar as mensalidades exorbitantes que lhes são cobradas, a redução radical dessas mensalidades e o preenchimento através de bolsas integrais de todas as vagas ociosas em universidades privadas.
No entanto, esses objetivos, parte essencial da transformação radical da universidade em seu caráter de classe, nunca serão alcançados enquanto sua gestão se mantiver sob o controle estrito de uma burocracia que se apoia no autoritarismo mais atrasado a nas mais desmedidas medidas repressivas para nos empurrar goela abaixo seu projeto educacional de aprofundamento da situação atual, enquanto nadam no mar da lama de sua corrupção, trocando entre si cargos e contratos na forma de favores e privilégios. Por isso há que se colocar este programa no sentido de acabar com esta casta burocrática, lutando por uma universidade que tenha seu conhecimento e sua estrutura a serviço dos trabalhadores e do povo.
Não a PM assassina de Serra na USP! Não à violência policial contra jovens e negros!
Há algumas semanas, Januário A. De Santana, um homem negro, funcionário da USP, foi tomado por suspeito do roubo de seu próprio carro, ao lado do qual se encontrava no estacionamento de uma loja do Carrefour em Osasco. Espancado e torturado pelos seguranças em uma salinha do supermercado, ouviu, com a chegada da policia ao local, que tinha “cara de que tem pelo menos três passagens”, e não foi socorrido. Agora nesta semana, mais uma jovem foi morta em uma repressão policial.
E não por menos o cenário é mais um grande bairro popular de São Paulo, Heliópolis. Só neste ano, a revolta de moradores contra a repressão policial tomou corpo em Paraisópolis e em diversas situações na zona norte, e agora a policia mais uma vez mira suas armas contra a juventude com a morte de Ana Cristina Macedo, em Heliópolis.
Não podemos mais tolerar a brutal repressão e violência policial contra os jovens e negros nas periferias das grandes cidade. É essa polícia racista, assassina, que reprime movimentos sociais na cidade e no campo, ocupa universidade e chacina trabalhadores em favela, cumprindo seu papel de proteger, a qualquer custo... a desigualdade.
O Movimento estudantil que lutou contra a presença da PM no Campus anos passado deve se colocar ao lado da juventude que sofre com a violência policial na periferia. Devemos acabar com esse estado policial e realizar uma ampla e forte campanha a partir da USP, exigindo a readmissão de Brandão e outros dirigentes sindicais perseguido, e se ligar com outros setores da sociedade que sofrem com suas casas sendo destruidas, suas filhas sendo mortas e a permanente vigilia nos morros e favelas de São Paulo.
Pela readmissão de Brandão e a não repressão aos trabalhadores e estudantes perseguidos!
Punição aos policiais e ao Carrefour racistas pela agressão de Januário.
Punição ao assassinos de Ana Cristina!
Fora a polícia de Heliópolis!
Abaixo a repressão policial à juventude!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Desvendando a Crise Capitalista!

Um debate entre marxismo e autonomismo

Curso do Movimento A Plenos Pulmões

Neste mês de setembro o Movimento A Plenos Pulmões está convidando todos os estudantes a participarem de uma viajem teórica e ideológica no intuito de pôr em debate o mundo em que vivemos. Estaremos em um sítio em Campo Limpo Paulista durante os dias 18 e 20 de setembro para, além de uma boa confraternizaçã o, estabelecer uma roda de debate para desvendar as particularidades e conseqüências da crise capitalista que recai sobre nós tendo em vista as principais ideologias que nos permeiam hoje, o marxismo e o autonomismo. Os debates serão organizados por três sub-temas, através de exposições de abertura com do seguinte cronograma:

18 a 20 de Setembro – Campo Limpo Paulista

Sexta, 18/09 - Boas Vindas, Noite de confraternizaçã o

1o Dia, Sábado 19/09:
- A Crise Capitalista através das bases teóricas do Marxismo
Texto Base: Leon Trotsky. O Marxismo em Nosso Tempo (básico)

- As particularidades da atual crise capitalista mundial e seu desenvolvimento
Texto Complementar: Paula Bach. Cinco perguntas importantes sobre a crise capitalista mundial (complementar)

2o Dia, Domingo 20/09:
- Saídas anticapitalistas para a Crise, da ideologia autonomista à política marxista
Textos Base: Christian Castillo. Comunismo sem transição? Polêmica com o autonomismo (básico);
e Leon Trotsky. Stalinismo e Bolchevismo (complementar)

Para maiores informações: movplenospulmoes@ gmail.com

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Relatos sobre a repressão policial em Heliópolis: junto aos moradores, exigimos que mais nenhum jovem seja morto pela polícia!

“São 21:14 da noite e minha rua parece uma guerra civil. Uma bomba caiu do meu lado, escorreguei no chão.. Eu vi uma criança de 9 anos ser acertada por uma bala de borracha, vi muito morador machucado, criança, mulher, idosos.. a polícia não está distinguindo ninguém. Nesse momento, tem um monte de gente na rua, a polícia está jogando muitas bombas e atirando com balas de borracha, e os moradores estão fechando as ruas e colocando fogo em tudo. A maioria são jovens muito revoltados com a morte da Ana Cristina.”
- - - - - - - - - - - - [Depoimento de uma moradora]


“Estava indo para a casa da minha enteada em Heliópolis e a 50 metros da sua rua os policias me abordaram com xingamentos racistas, ‘vai embora daqui, seu baiano de merda, pra ta aqui só pode ser baiano’. (...) Se durante o dia já reprimiam abertamente, a noite ninguém sabe o que pode acontecer. Os canais de televisão, o jornal nacional, falaram que os manifestantes estavam recebendo uma cesta básica, amanhã vão falar que era todo mundo ligado ao tráfico."
- - - - - - - - - [Depoimento de trabalhador do metrô]

Punição aos policiais responsáveis pela morte de Ana Cristina Macedo!




Fora a polícia de Heliópolis!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Abaixo a repressão policial à juventude! Punição aos assassinos de Ana Cristina Macedo!

Abaixo a repressão à juventude pobre!
Abaixo a repressão policial!
Nem mais um dia de mortos pela polícia!
Punição aos assassinos!


Mais uma jovem foi morta em uma repressão policial. E não por menos o cenário é mais um grande bairro popular de São Paulo, Heliópolis. Só neste ano, a revolta de moradores contra a repressão policial tomou corpo em Paraisópolis, em diversas situações na zona norte, e agora a policia mais uma vez mira suas armas contra a juventude com a morte de Ana Cristina Macedo, em Heliópolis. Acompanhemos a revolta dos moradores e exijamos justiça. Punição aos policiais responsáveis pela morte de Ana Cristina Macedo! Fora a polícia de Heliópolis! Abaixo a repressão policial à juventude!

Movimento A Plenos Pulmões
RESOLUÇÃO ASSEMBLÉIA GERAL ESTUDANTES USP 26/08/09

A Assembléia geral dos estudantes da USP do dia 26/08 delibera:

O DCE e os CAs da USP devem organizar, com urgÊncia, assembléias de curso com os seguintes eixos DE MOBILIZAÇÃO:

- Abaixo a repressão ao Sintusp e aos estudantes (reintegração do Brandão, retirada de todos os processos a trabalhadores, estudantes e entidades)

- Contra a auto-reforma do regime monárquico da USP

Abaixo o golpe em Honduras!

O que motivou o golpe?
Como está e quais são as perspectivas da resistência das massas?

Tele-conferência
Com Brayan Brenes da Liga Revolução Socialista da Costa Rica (integrante da Fração Trotskista)

03 set (5ªF) às 18h
No pátio do IFCS UFRJ
(Largo São Francisco de Paula, 01 - Centro – RJ)

Honduras, escuta, sua luta é nossa luta!
http://somoshonduras.wordpress.com/

Realização: LER-QI
Apoio: Movimento A Plenos Pulmões