segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Basta de elitismo e racismo na PUC-SP e nas outras Universidades! Punição a todos os racistas!

Como é de conhecimento geral entre os estudantes da PUC-SP, durante a cerimônia de colação de grau, realizada em 01/12, um grupo reduzido de estudantes de História contrários à expressão dos estudantes de Geografia através de falas no microfone protagonizou uma série de entreveros que permanecem emaranhados e obscuros até o momento. O que também é de conhecimento geral, mas possui conteúdo de verificação extremamente fácil, é a carta enviada em decorrência desse episódio ao e-mail pessoal de uma estudante da Geografia por três estudantes de História: Giuliana Gasparroni, Camila e Maíra (cujos sobrenomes não foram publicados).

Na carta (que se tornou de conhecimento público) a estudante de Geografia é chamada de “verme parasita” por “estar acostumada a usufruir do que não é seu”, como seria o caso de sua fala na cerimônia de colação, onde estaria “de favor”. Ainda segundo a carta, isso comprovaria que a estudante de Geografia pertence a um grupo de “gente inha” ou de "povo inho”, evidenciando um nítido preconceito de classe.

Em virtude disso, o departamento de História manifestou-se rapidamente em repúdio ao ocorrido através de carta assinada por Yvone Avelino e Mariza Romero (respectivamente chefe e coordenadora do Depto. De História), ação seguida pela professora Olga Brittes, pertencente ao mesmo departamento. A turma dos estudantes de História ingressantes em 2005 publicou uma carta endereçada à direção da Faculdade de Ciências Sociais e a todos os professores dessa Faculdade, assinada em nome e com o consentimento de todos os seus componentes, repudiando o conteúdo da carta e exigindo a cassação do diploma das três estudantes. Diversos outros alunos do curso de História também têm expressado repúdio à atitude dessas estudantes, mediante a publicação de outras cartas divulgadas nas listas da PUC-SP.

Na última reunião do Conselho de Centros Acadêmicos, ocorrida em 18/12, também se debateu o episódio, chegando ao consenso de que a carta possui caráter estritamente elitista e racista, independente das considerações que possam ser feitas do ponto de vista jurídico ou mesmo da opinião pessoal da estudante de Geografia a quem a carta foi endereçada. Em função disso, todos os Centros Acadêmicos presentes assinaram uma carta de repúdio à ação das três estudantes de Historia, defendendo a cassação de seus respectivos diplomas, exigindo o posicionamento da Reitoria e de todos os professores da PUC-SP, além de propor a organização de um ato no dia 22/12 em frente à Reitoria, e a criação de um comitê de mobilização contra a repressão e a opressão na universidade, aberto a todos os estudantes, professores e funcionários da PUC-SP, bem como a quaisquer entidades, movimentos e pessoas fora dela, com o intuito de impulsionar discussões e ações concretas para evitar que episódios como esse voltem a ocorrer.

Diante disso, chamamos todos os centros acadêmicos e todas as demais entidades da PUC-SP e de outras universidades a se posicionaram sobre o ocorrido, mandando moções de repúdio à ação discriminatória de cunho elitista (e racista) das específicas estudantes de História. Assim como comparecerem ao ato de entrega da carta (Terça Feira, 22/12, às 17hs) em frente à Reitoria exigindo o posicionamento da reitoria da Universidade sobre o ocorrido, além da necessária punição às estudantes para que atitudes como essas não sejam reproduzidas na Universidade.
Nesse sentindo, fazemos um chamado especial ao CACS, que vem se abstendo de tomar uma posição pública sobre o ocorrido. O CACS, que carrega a tradição de ser o Centro Acadêmico mais combativo da PUC-SP, carrega também a respmsabilidade imperante de estar na linha de frente das mobilizações. O fato deste episódio envolver dois cursos abarcados pelo CACS, Geografia e História, redobra a sua responsabilidade. Todavia, mesmo após dezenas de estudantes e do próprio Departamento do curso de História declararem repúdio a este desprezível acontecimento, o CACS permanece em silêncio e nem sequer compareceu ao último CCA para debater o ocorrido. Gostaríamos de lembrar aos companheiros do CACS que a omissão não é e jamais foi a melhor forma de solucionar quaisquer problemas.

Nós, do Movimento A Plenos Pulmões, que dedicamos todas as nossas forças a combater a exploração e a opressão em todas as universidades onde atuamos, entendemos que este episódio não é um caso isolado, mas uma decorrência do modelo elitista e racista de universidade; modelos esse que exclui de suas dependências a imensa maioria da população, que utiliza em larga escala a terceirização de funcionários submetidos a condições de trabalho degradantes e salários miseráveis, que adequou a imensa maior parte de seus currículos e pesquisas de acordo com o interesse das grandes empresas e que persegue e criminaliza os estudantes que tentam antepor-se a essa lógica ao reivindicar maior acesso e democracia. Por isso entendemos como fundamental a participação no ato de 22/12 como parte de uma campanha mais ampla e da construção do comitê de mobilização contra a opressão e a repressão na universidade, do qual endossamos o convite a todos os intelectuais, estudantes, trabalhadores, jovens e todas as demais pessoas interessadas em construir uma sociedade mais digna a participarem ativamente.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Protestos na Alemanha: Milhares de estudantes em greve saem às ruas


Ao longo das últimas quatro semanas, dezenas de milhares de estudantes universitários e secundaristas paralisaram suas aulas, organizaram ocupações de reitorias e diretorias de colégios e saíram às ruas em mais de 50 cidades da Alemanha em protesto contra a situação da educação no país. A mobilização dos estudantes alemães deve ser entendida nos marcos da crise econômica e da conjuntura de ebulição do movimento estudantil e da juventude européia que, desde o ano passado, vêm protagonizando ações massivas e radicalizadas em diversos países como Itália, Portugal, Espanha, Áustria e, principalmente, Grécia.

Assim como grande parte dos jovens europeus, os estudantes alemães se levantam contra as reformas empreendidas pelo projeto de educação adotado pela União Européia, chamado “Processo de Bolonha”, que tem como objetivo homogeneizar o ensino básico secundário e o ensino universitário, flexibilizando ambos e tornando-os mais elitizados e funcionais ao capital; adequando os modelos dos cursos universitários, suas respectivas estruturas curriculares e seus programas de pesquisa às necessidades das empresas e reduzindo sua duração. Como parte desse projeto, em diversas universidades da Alemanha passou a ser exigida uma taxa de matrícula dos estudantes que, em alguns casos, chega a custar até mil euros, e que pode se generalizar por todo o país.

Uma frente de organizações estudantis auto-denominada “Greve Educativa 2009” convocou mobilizações contra as reformas de “Bolonha” e exigindo mudanças nos cursos e em suas grades, além de mais verbas para a educação e para a permanência estudantil. Esta frente é encabeçada pelo partido de esquerda “Die Linke”, que coloca como reivindicação –ainda que para a maioria dos participantes da greve seja óbvia a conexão entre, por um lado, a crise econômica e o resgate financeiro promovido pelo Estado aos empresários e, por outro, a miséria do sistema educacional– apenas a melhora ou saneamento do setor educativo, sem ligá-lo às outras questões e demais setores da sociedade. De todo modo, desde a onde de protestos em junho mantém-se um grande espírito de luta e, impulsionadas pela ocupação da Universidade de Viena, entre o final de novembro e o começo de dezembro houve 30 ocupações em diferentes universidades e colégios na Alemanha.

O movimento se generaliza, mas se radicaliza apenas minoritariamente, e suas demandas não ultrapassaram o terreno meramente educacional. Os estudantes experimentaram a força da unidade de ação em manifestações em diversas cidades alemãs, mas também ganharam a experiência negativa de que, apesar dos esforços, ainda não conseguiram nada. Agora há discussões políticas nas universidades, institutos e centros de pesquisa para analisar como o movimento pode avançar e como alcançar as reivindicações em torno de uma educação livre e gratuita.

Nós, do Movimento A Plenos Pulmões, saudamos a luta dos estudantes alemães, mas entendemos como vital e estratégica a necessidade dos estudantes defenderem-se dos ataques da burguesia através de uma aliança operário-estudantil, ligando-se aos trabalhadores e ao povo pobre e lutando não apenas pela derrota do “Plano Bolonha”, mas pela construção de uma perspectiva que permita a democratização plena da universidade, tanto na sua estrutura de poder como no seu acesso, e que permita a universidade funcionar não sob os interesses da burguesia, mas sim da classe trabalhadora.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Conheça a chapa Terra em Transe CACH-Unicamp


Somos uma chapa que pretende dar continuidade a política que vem sendo levada pela atual gestão do CACH.
Queremos construir uma entidade verdadeiramente militante, anti-governista e em aliança com os trabalhadores. Que preze pela democracia desde a base e que torne concreto o programa que aqui levantamos.
Frente à crise da universidade pública, ao desmoronamento do IFCH, à falta de professores e funcionários, à terceirização que avança a passos largos e ao cerceamento de nossas liberdades democráticas; queremos colocar o IFCH em transe, subverter a normalidade e transformar a nossa realidade!


visite nosso blog: www.chapaterraemtranse.blogspot.com

ELEIÇÕES CACH-UNICAMP

IFCH 40 anos: Para onde vamos?

No último semestre o IFCH participou de uma importante greve encabeçada pelas estaduais paulistas. Nosso motivo central: combater a Univesp.
Ao longo do semestre, no entanto, diante de diversos outros problemas, como a entrada da PM no campus da USP e uma crise da (anti)democracia das instâncias decisórias dessa universidade, outro problema, há muito tempo latente no IFCH, se manifestou com força: o desmonte de nosso instituto e das Ciências Humanas em geral.
Mesmo com o fim da greve, um sentimento de inconclusão se manteve. Ao tempo em que o caixão que levantamos apodrece, nossa biblioteca é inundada, documentos de nosso arquivo (AEL) são comidos por cupins (sobrepondo o esquecimento à memória do movimento dos trabalhadores) e funcionários têm de trabalhar cada dia mais e sob piores condições, seu caso mais latente: a terceirização. Essa grave situação já era reconhecida inclusive pela Direção do Instituto em seu programa político antes de ser eleita.
O reconhecimento da situação, no entanto, não fez com que a maioria de nossos professores e a atual Direção do IFCH se colocassem decididamente em uma luta política que extrapolasse os mecanismos institucionais, que há longa data vêm se mostrando um canal de referendamento das políticas da Reitoria.
A reformulação de nosso currículo de acordo com a falta de professores (como aconteceu com o currículo da Ciências Sociais já em andamento para os calouros de 2009) deixa evidente a fraqueza dessa forma de atuação política adaptada à burocracia universitária - vale ressaltar que na História não faltaram iniciativas neste sentido, com propostas de retiradas de matérias de Teoria entre outras; o problema é que a carga horária da curso de História já está próxima do limite mínimo permitido, o que dá pouca maleabilidade para reformas curriculares nesta lógica. Enquanto que reconhecem os problemas e levantam a bandeira de contratação de professores (se esquecendo dos funcionários), os próprios departamentos do IFCH já cavam sua cova.
A Comissão de Vagas Docentes (CVD - ligada à reitoria) disponibilizará, para o ano de 2010, 40 novas vagas de contratação docente para toda a Unicamp. Essas vagas, cabe lembrar, serão disputadas pelas 22 unidades da Universidade. Só o IFCH, segundo cálculo feito pelos departamentos, precisaria de 32 novas contratações nos próximos 2 anos – isto para que linhas de pesquisa que existem hoje em nosso instituto não deixem de existir. O pedido que será enviado pela Congregação do IFCH requisitando 32 novas vagas só para nosso Instituto será obviamente negado e engavetado pelo nosso excelentíssimo REItor Fernando Costa.
Outro ponto importante diz respeito ao funcionamento dos órgãos decisórios de nosso Instituto. A democracia, como sabemos, nunca foi o forte. Isso fica mais evidente se olharmos para a composição da Congregação (órgão máximo de deliberação do IFCH), onde os professores têm 70% de representantes, os funcionários 15% e os estudantes 15%.
A necessidade de um novo Estatuto e de uma ampla discussão sobre a democracia em nosso Instituto já foram levantadas inclusive pela própria Direção, em sua retórica carta programa.

Nós, da chapa Terra em Transe, reivindicamos o processo de luta política que vêm sendo construído contra o desmanche de nosso instituto, das ciências humanas e da universidade pública brasileira.
Convidamos todos os estudantes que se preocupam com o futuro de nosso Instituto a não apenas votarem em nossa chapa, mas, mais importante do que isto, a participarem das reuniões do Centro Acadêmico e dos diversos outros espaços de construção política
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UNESP ARARAQUARA - Grande vitória da chapa Ekoábok nas eleições do Centro Acadêmico de Ciências Sociais “Florestan Fernandes”

Por Lais Tsuki , Luis Santos: estudantes de ciências sociais da Unesp de Araraquara


Em Araraquara conquistamos mais um centro acadêmico para as lutas e desafios que temos e que virão no próximo período. Nós do Movimento A Plenos Pulmões e do grupo de mulheres Pão e Rosas junto a estudantes independentes participamos destas eleições buscando discutir e chegar à base dos estudantes, e também romper o isolamento do movimento estudantil local, a exemplo de como havíamos atuado durante a luta contra o assédio sexual na moradia estudantil, buscando apoio entre todos os estudantes. Em uma chapa composta por jovens estudantes, sendo sua grande maioria dos primeiros anos, que desde já se contrapõe ao velho sindicalismo habitual do movimento estudantil, tem uma grande gana de mudança (Ekoábok, em Tupi!), na busca por um diálogo e integração com a base dos estudantes de forma a colocar um programa pela positiva que responda as reais demandas de nosso curso e da crise das universidades, expressa seja pela implementação do PDI e da Univesp na UNESP ou pela eleição de Rodas na USP. Nessa perspectiva trabalhamos com o material da chapa, assim como nossos próprios materiais, durante a eleição que teve a adesão de uma ampla camada de estudantes, com uma representação real de mais de 40% de quorum e 147 votos para nossa chapa e apenas 38 contrários. O que aponta para uma nova fase do movimento estudantil de Araraquara, numa perspectiva de retomada das lutas, como da greve e ocupação de 2007. Nesse processo nós da A Plenos Pulmões e do Pão e Rosas lutaremos com todas as nossas forças para que o CAFF seja um pólo potencializador das lutas na perspectiva da construção de um forte movimento estadual que responda com um só punho junto aos trabalhadores, os ataques dos governos Serra e Lula, na luta pela estatização das universidades privadas e do fim do vestibular! Um centro acadêmico, portanto, militante, que contribua para organizar os estudantes desde a base, na busca por uma aliança real com os trabalhadores do campo e da cidade, em defesa dos lutadores e lutadoras que vêm sendo perseguidos, e como uma entidade que estará a serviço de se levantar pela juventude, pelas mulheres e pelos trabalhadores de todos os países do mundo quando forem oprimidos e atacados! Chamamos todos os estudantes da UNESP de Araraquara a lutar ao nosso lado por esta perspectiva.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Debate: O caso de Geisy Arruda, estudante da Uniban, e a Violência contra as mulheres


Debate com

TEREZINHA MARTINS
Doutora em Psicologia Social, professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - UFRJ

ANNA MARINA PINHEIRO
Doutora em História Social, professora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais - UFRJ

CLARISSA MENEZES
Mestranda em Saúde Coletiva - UFRJ e integrante do grupo de mulheres Pão e Rosas

Mediação: LUDMILA CARDOSO
Pesquisadora do Laboratório Territorial de Manguinhos ENSP/Fiocruz e estudante de Lic. em Ciências Sociais/UFRJ


08 de dezembro (terça-feira)
Às 18h Local: IFCS/UFRJ – (térreo)
Largo São Vicente de Paula, 01 – Centro – RJ


Organização:

Grupo de mulheres Pão e Rosas

Movimento A Plenos Pulmões

CONTINUAR A LUTA PELA REABERTURA DA LICENCIATURA E DENUNCIAR O REGIME DA PUC-SP!


  • Continuar a luta pela Licenciatura sem sucatear o curso e sem aumentar as mensalidades!

  • Abaixo o CONSAD e a política da Fundação São paulo para a Universidade!

  • Pela participação estudantil direta na decisão curricular!


Foram abertas as inscrições para representação estudantil no Conselho Departamental, serão 4 cadeiras para os estudantes poderem ocupar no próximo ano. Achamos fundamental a participação para compreendermos o regime da PUC-SP e principalmente denunciar o caráter atual dessa estrutura de poder, hoje controlada pela Fundação São Paulo.

Nossa participação não pode ser encarada como uma tentativa de transformar algo na PUC-SP já que foram esses mesmos conselhos que no último período legitimaram todo o processo de intervenção de Igreja, redesenho institucional e que apoiaram a consolidação de um novo estatuto que dá poderes máximos a Fundação São paulo. Entretanto, é fundamental que desmascaremos a atual vida política incrustada na universidade, mostrar de como as reivindicações mais democráticas nossas não podem ser levadas a cabo por professores preocupados só com seus curriculum lates e conservar a PUC-SP como uma universidade elitizada e a serviço do mercado e da produção do conhecimento instrumentalizado.

Durante esse último semestre vários estudantes da Ciências sociais se organizaram, por exemplo, para lutar pela reabertura da Licenciatura no currículo do curso, promessas foram feitas, mas sabemos que a volta da Licenciatura sem afetar a grade e sem sucatear o curso estará condicionada a nossa própria luta. Assim como toda a necessidade da participação estudantil na decisão dos currículos, que sofrem constantemente diversos ataques, e só através das nossas próprias mão conseguiremos estabelecer a defesa de cátedras livres e a defesa da teoria ligada a práxis para a transformação da realidade da universidade e da sociedade no Brasil.

Não queremos uma teoria aplicada para a reprodução ideológica e do status quo dessa atual forma de organização social, econômica e política. Queremos uma teoria ligada a práxis que se ligue aos interesses das camadas mais pobres e exploradas. Defendemos a teoria marxista como forma dessa transformação, mas também reivindicando que o conhecimento nas suas mais diversas tendências e áreas produzido na academia esteja a serviço de todos os trabalhadores e o povo pobre, que atualmente não tem acesso a universidade. Para abrir as portas da universidade, e especificamente na PUC-SP é fundamental questionar a sua estrutura de poder que hoje é incapaz de resolver qualquer questão mais democrática do curso.

Por isso nós do Movimento A Plenos Pulmões participamos e apoiamos os estudantes que estão se candidatando para a representação nessas cadeiras. Para dar continuidade a luta pela reabertura da licenciatura e do questionamento do currículo presente na faculdade.


Chamamos a todos a votar nos nomes abaixo:

Titulares:

André 1ºano

Natasha 3ºano

Felipe 4ºano

Guilherme 3ºano.

Suplentes:

Rafael 1ºano

Raphael “Mineiro” 3ºano

Gustavo Menon 3ºano

“Marquinhos” 3ºano.

SOBRE AS ELEIÇÕES PARA REPRESENTAÇÃO DISCENTE NOS CONSELHOS SUPERIORES DA PUC-SP.

  • PERMANÊNCIA ESTUDANTIL, BOLSAS PARA TODOS QUE PRECISAM E MATRICULA DE TODOS OS INADIMPLENTES!.

  • NÃO A REPRESSÃO AO MOVIMENTO ESTUDANTIL, PELA LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO E DEMOCRACIA NA UNIVERSIDADE!

  • ABAIXO O CONSAD! DISSOLUÇÃO DO ESTATUTO CLERICAL!

  • MOBILIZAR E LUTAR PELA DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO E ESTRTURA DE PODER NA PUC-SP.

  • VOTE CHAPA 1 PARA OS CONSELHOS SUPERIORES- A CHAPA DE UNIDADE DO MOVIMENTO ESTUDANTIL PARA DENUNCIAR E DESMASCARAR O ATUAL REGIME DA PUC-SP!

A PUC-SP vive uma nova realidade! Depois do fracasso do seu antigo modelo de “Universidade Comunitária”, que não sobreviveu com a criação da LDB e da crescente privatização da educação superior no País, todas as conquistas que estudantes, funcionários e professores historicamente haviam conseguido foram retiradas num curto espaço de tempo. Primeiro a gestão Maura Véras, que legitimou a intervenção da Igreja e aplicou uma política de demissão e corte de gastos como a maximização dos contratos dos professores, a retirada de bolsas e expulsão dos inadimplentes. Depois Dirceu que deu a pincelada final e hoje mantém um estatuto clerical onde tudo é decidido pelo CONSAD representado em maioria pelos padres da Fundação São Paulo.

A POLÍTICA DE DECRETOS DA PUC-SP

Com esse redesenho na estrutura de poder da universidade a Fundação São Paulo muda a lógica da política na PUC-SP. Ela impõe as ordens e os conselhos obedecem. Os conselhos são apenas consultivos, como a própria professora Maria Amalia falou na sua última entrevista ao PUC Viva existe uma “política consciente de esvaziar os conselhos da PUC-SP”. Mostrando como se fechou o regime universitário e como o caminho hoje é liberado para a Fundação São Paulo, atacar as horas administrativas dos professores, manter a maximização dos contratos, aumentar as mensalidades e é claro piorando a qualidade dos cursos, além de não oferecer bolsas e não aceitar a matricula dos inadimplentes.

A HIPOCRISIA DOS CONSELHOS

Hoje se mostram as verdades que antes era camuflada pela maioria dos burocatas que perduram até hoje na PUC-SP.

1-) Primeiro a antiga reitora Maura que falava que a intervenção era temporária e só era por causa de um momento financeiramente difícil que passava a instituição. Onde todos deveriam fazer sacrifícios. Os sacrifícios foram feitos, todos conselheiros (com exceção da representação estudantil na época) votaram a favor da intervenção da igreja e da maximização do contrato dos professores, além das demissões de 35% do quadro docente e 50% do quadro de funcionários. E sabe o que aconteceu? A dívida da PUC-SP depois desses 3 anos triplicou, porque esses mesmos que defenderam os “sacrifícios” omitiram para aqueles que o fizeram que a Fundação São paulo e a os juros dos Bancos não iriam fazer sacrifício nenhum, não sabe-se se por pecado ou coisa parecida, mas o fato que eles o que mais saíram bem nessa história toda.

2-) O Estatuto. Depois de redefinirem as faculdades e a rentabilização dos cursos, chegou a hora de legitimar aquilo que era ilegitimo (a Fundação São Paulo mandar sem poder), mais uma vez todos os conselhos da PUC-SP, representado pela sobre-representação dos burocratas, disse naquele momento: “É hora de mudarmos o estatuto, mas a Fundação São Paulo não irá controlar a Universidade.” Bom, não precisa nem comentar pois eles mesmos estão provando do seu próprio veneno, a maximização se manteve, corte de horas administrativas, e a retirada de poderes como nunca antes foi feita. A questão é que esses mesmos burocratas que votaram em favor da igreja e defenderam a maximização, hoje perdem seus antigos poderes que tinham para os padres da Fundação São paulo.

3-) Dirceu, o candidato da mudança e da democracia? Nada! O candidato da continuidade e da Igreja. Dirceu como era de se esperar respeitou as regras do jogo! Manteve a terceirização do trabalho, manteve o estatuto, manteve o CONSAD, manteve as mensalidades milionários e manteve a repressão. O CACS hoje por exemplo é indiciado e perseguido pela reitoria numa ação consciente do Vice- Reitor Helio deliberador. Usa o pressuposto das drogas para perseguir os estudantes que voltaram a se reorganizar a partir dos cursos para exigir a volta da Licenciatura como na Ciências Sociais, a participação na decisão curricular, a permanência estudantil e contra o processo crescente de proibições que vai da realização das atividades culturais até a panfletagem de materiais políticos na Faculdade.

OCUPAR AS CADEIRAS PARA DESMASCARAR

Frente a esse cenário nós do Movimento A plenos Pulmões achamos fundamental buscar a unidade do Movimento Estudantil, respeitando as divergências políticas que existem no interior dele, e ocupar as cadeiras que existem destinadas a faculdade de ciências humanas nos conselhos superiores. Nos juntamos com o CACS, o CASS e o CARI para impulsionar essas eleições que garantam num próximo período uma política sistemática de denuncia e questionamento do regime universitário presente.

Sabemos que essa representação não está a serviço de transformar a atual realidade da PUC-SP, já que consideramos inviável por tudo que já dissemos sobre essa estrutura de poder. A única alternativa que vemos para transformar de fato a PUC-SP é através da mobilização e luta permanente na Universidade que consolide uma nova estrutura de poder, realmente democrática, que respeite o princípio da democracia direta com cada cabeça um voto, colocando abaixo esses conselhos anti-democráticos que só serviram até hoje para atacar a comunidade e instrumentalizar o conhecimento produzido na PUC-SP. E ainda que hoje flertam com a comunidade a base de mentiras e falsidades contra o CONSAD, temos certeza que nunca próximo período de mobilização serão os primeiros a dar as mãos novamente para a Igreja, como deram no passado.

Porém, é fundamental conhecermos o regime para podermos transforma-lo, pressionar e denunciar a burocracia apontando um protejo de universidade paralelo, que derrube a atual lógica e coloque uma outra perspectiva para a democratização do acesso e da estrutura de poder da PUC-SP. Além de não aceitar a repressão e o ataque as organizações estudantis, defendemos a nossa liberdade política no campus da Universidade, sendo assim uma maneira importante para reorganizarmos os estudantes na PUC-SP através da luta e mobilização.

Integrantes da Chapa 1:

CONSUN – Titular: Guilherme Salvini 3. Ano História

Suplente: Luna Goés 3. Ano Serviço Social

CECOM - Titular: Julia Chamis (Flor) 1. Ano História

Suplente: Pedro 2. Ano Relações Internacionais

CEPE - Titular: Nicole Caus1. Ano Relações Internacionais

Suplente: Felipe Guarnieri 4. Ano Ciências Sociais

CAF - Titular: Américo Sampaio 2. Ano Serviço Social

Suplente: Gabriel Madeira 2. Ano Relações Internacionais