segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Desatai o Futuro N°00

Desatai o Futuro

Desatai o Futuro
Boletim eletrônico de debate marxista,cultura e política

Por que Desatai o Futuro?

“O futuro não virá por si só se não tomarmos medidas”. É assim que o grande construtivista russo Maiakovski, em 1925, começa seu poema. 83 anos depois, não poderia ser mais atual. Por isso, mais uma vez, nós que homenageamos o poeta no nome do nosso movimento A Plenos Pulmões, o resgatamos novamente.
Lançamos esse novo boletim junto a estudantes independentes de diversas universidades e cursos com o objetivo de estimular um debate pouco realizado na universidade e nunca organicamente no meio estudantil. Trata-se do debate teórico, da luta ideológica frente ao conhecimento produzido nas universidades. Queremos dar um basta na passividade estudantil nesse âmbito, onde estamos marcados pela adaptação à condição de meros receptáculos da ideologia existente.

Por uma atividade “prático-crítica”
[1] na universidade!

Que a universidade é essencialmente um centro de produção e reprodução de conhecimento e profissionais voltados para os interesses do capital, de prestação de consultorias e venda de patentes, é uma caracterização comum para grande parte dos estudantes. Assim como que nas humanidades são raros os nichos onde se discute ideologias ligadas à transformação social, muito menos um conhecimento a favor dos interesses da maioria da sociedade, os trabalhadores e o povo pobre. Assim, o capitalismo e suas universidades limitam o desenvolvimento de um conhecimento não fragmentado e de um livre desenvolvimento da ciência, não condicionado ao lucro e a defesa da propriedade privada.
Frente a isso, poderíamos dizer que dentro do movimento estudantil e da esquerda há duas grandes formas de encarar a questão, igualmente adaptadas e funcionais ao regime universitário e àqueles que ditam o papel que a universidade deve cumprir: os capitalistas. Por um lado, estão os que simplesmente ignoram o debate de idéias, adotando uma perspectiva meramente sindicalista e, nesse sentido, completamente limitada de luta. Por outro, há os que se contentam em fazer denúncias corretas, mas testemunhais e insuficientes, do tipo: a universidade é burguesa!
Não compartilhamos com essas concepções. Diferentemente de outras instituições burguesas, a universidade deve ser disputada. Impulsionada na transição do feudalismo para o capitalismo, quando os novos meios de produção exigiam a substituição da fé pela racionalidade, as instituições acadêmicas se transformaram em centros de conservação, reprodução e criação de um tipo de conhecimento moldado pelas necessidades dos capitalistas. É que quando a classe operária conseguiu impor limites ao capital na sua expropriação da mais-valia absoluta, a produção de ciência e tecnologia passou a ter grande importância para o aumento da mais-valia relativa. Isso se acentuou a partir do século XX e destacadamente após as duas grandes guerras, quando o fordismo se expandiu mundialmente, substituindo o amadorismo do cientista artesanal e relativamente independente pelo acadêmico formado nos laboratórios de excelência que passa a produzir uma ciência cada vez mais pragmática e voltada para o capital.
É para cumprir com esse papel que a universidade é essencialmente um centro de idéias conservadoras, quando não abertamente reacionárias. O que é um sustentáculo chave do domínio da burocracia acadêmica e sua "ditadura docente" sobre a massa dos estudantes e da manutenção do status quo da universidade e da sociedade.
Felizmente, por vezes, esse esquema é paralisado, conturbado pela luta estudantil. Ou mais concretamente: o simples ato de adentrar numa reitoria rompe a “normalidade” universitária. Se não fossem essas lutas a situação seria muito mais degradante. Mas isso não tem sido insuficiente para transformar os inúmeros discursos de “nova universidade” e “novo movimento estudantil” em realidade? Basta a insubordinação do método das ocupações e outras ações que ressurgiram a partir do 3 de maio de 2007 na gélida USP? Apesar de toda a riqueza dos processos de luta, o que mudou? Pouco (às vezes para pior!?) ou nada.
É que as “armas da crítica” são fundamentais em qualquer combate, mais ainda na universidade que é um centro de conhecimento. Sem ligar a luta política à luta teórica, nossa luta será sempre limitada. Sem isso, por vezes, a forma radicalizada (o “pé na porta” ou outras medidas) não tem um conteúdo com o mesmo caráter que a acompanha, ou o conteúdo acaba sendo a própria forma. Radicalizar nos métodos é fundamental, mas pode servir não mais do que como “camuflagem” de um conteúdo conservador.
Queremos publicar nesse boletim reflexões teórico-políticas dos estudantes sobre o que se discute na universidade ou sobre aqueles temas que permeiam toda a sociedade, mas que não conseguem romper a bolha que nos é imposta! Queremos organizar núcleos de reflexão coletiva sobre esses temas, fazer elaborações individuais e coletivas e ligar essa luta teórica organicamente à luta contra o regime universitário e os currículos hoje existentes. Queremos ser um estímulo ao surgimento de intelectuais revolucionários, que se liguem à classe trabalhadora e contribuam num patamar superior para a transformação da universidade e da sociedade. E não queremos deixar em paz aqueles professores e departamentos mais reacionários das universidades!
Para cumprir com esse objetivo, nos colocamos o desafio tão difícil quanto necessário de recompor o marxismo como uma teoria viva, capaz de responder aos problemas mais candentes da realidade desde um ponto de vista não dogmático e ligado à prática. Infelizmente, não podemos realizar esse objetivo à altura das necessidades que nos coloca a realidade, tanto por ainda sermos poucos, mas principalmente por nossa parca formação teórica, mas queremos audazmente ser a faísca que aponta essa perspectiva, sob o prisma do marxismo militante subversivo como alternativa ao marxismo academicista e à esquerda sindicalista.
Mas essa tarefa não está colocada somente por causa da luta interna na universidade. Seu sentido é, como levantaram os estudantes franceses de 68, partir “do questionamento da universidade de classe ao questionamento da sociedade de classes”. Então, olhemos um pouco para o passado para pensar os debates do presente que podem “desatar o futuro”.

Contradições do século XX

O capitalismo, para não padecer, já nos reservou imensas catástrofes. Como se não bastasse a destruição massiva de meios de produção e o sacrifício de 30 milhões de vidas na 1ª guerra mundial, levou o mundo ao crack de 29 e a um cataclisma ainda maior na 2ª guerra mundial que custou 100 milhões de vidas. Isso para falar somente das catástrofes que foram necessárias para o imperialismo norte-americano consolidar sua hegemonia sobre a Inglaterra em decadência e qual seria o papel dos então ascendentes imperialismos alemão e japonês no mundo.
Foi essa destruição hiper-massiva de meios de produção e vidas, de trabalho morto e vivo, que permitiu que o capitalismo desse um “respiro” girando a economia ao reconstruir países no chamado “boom do pós-guerra”. Mas os ditos “30 anos gloriosos”, não foram muito mais que 20.
No final dos anos 60 começa uma nova grande crise econômica que, combinada com a desmoralização dos EUA no Vietnam em 68, deu lugar a vários processos revolucionários em todo o mundo, tendo como mais conhecido o maio de 68
[2]. Esses processos configuraram uma onda ofensiva do movimento de massas até 1981 que tiveram que ser derrotados[3] para a burguesia passar à ofensiva “neoliberal”.
Não é necessário citar todas as crises econômicas e guerras de menor intensidade
[4], como a atual no Cáucaso, para constatar como o século XX foi marcado por “crises, guerras e revoluções”, como definia e previa brilhantemente Lenin a partir da 1ª guerra mundial.
Muitas crises, muitas guerras.... e as revoluções? A última foi a Revolução dos Cravos portuguesa de 74
[5]. O que quer dizer que estamos vivendo um período dilatado sem revoluções somente comparável ao período entre a Comuna de Paris de 1871 e a primeira revolução russa de 1905. Se somamos a isso o fato de que os estados operários degenerados (como a Rússia - ou URSS - e a China), pelo papel do stalinismo e suas variantes internacionais, retrocederam qualitativamente e são hoje países capitalistas que provocam euforia em analistas de todo o mundo como potenciais sustentáculos para a crise financeira e bancária no coração do imperialismo norte-americano, junto à países como a Índia e o Brasil que ganham até uma “medalha” de BRIC[6], vemos que a situação é grave. A restauração capitalista significou um salto de qualidade na ofensiva “neoliberal” que, a partir de então, se generalizou mundialmente atacando as condições materiais de vida da classe trabalhadora[7].
Essa combinação de elementos provocou uma crise ideológica talvez sem precedentes, conformando uma realidade complexa onde a possibilidade da revolução (e mais ainda sua necessidade) foi apagada da consciência das massas e de amplos setores de vanguarda, os marxistas nunca foram tão poucos e o marxismo nunca foi tão atacado, negado, além de pouco defendido e recriado.

Desafios do século XXI

Esse cenário é mais preocupante num momento onde começa uma crise econômica que tende a atingir patamares históricos, ao ponto de muitos analistas marxistas e burgueses compararem corretamente com a crise de 29. E lembremos que tal crise econômica, por sua magnitude, contribuiu para desatar revoluções, contra-revoluções e a maior guerra da história.
Para que se tenha uma idéia, acabaram de se reunir durante 3 dias na Alemanha, 300 economistas de 60 países, incluindo 14 prêmios Nobel de economia e, como anuncia o jornal espanhol La Vanguardia de 24/8: “praticamente todos reconhecem a complexidade da atual crise econômica, a má gestão dos riscos e a falta de formação de muitos financistas. A maioria deles, no entanto, admite não terem receitas para resolvê-la e não saber quanto tempo durará”.
Se a última crise econômica de 2000-2001, que foi de relativa baixa intensidade, gerou levantamentos em países como Bolívia, Argentina e Equador, a atual já deu lugar a levantamentos contra a fome (FOME no século XXI! Não é absurdo?) em mais de 40 países, escancarando a decadência de um sistema.
É esse tipo de processo que tende a se generalizar frente à crise econômica, com a diferença que, depois do completo retrocesso dos anos 90 onde os ataques passavam sem resistência, o século XXI começou com um processo lento e tortuoso, porém sustentado de recomposição não somente das lutas de massa, mas particularmente da classe trabalhadora que, ademais, se recompôs socialmente no último ciclo de crescimento econômico mundial.
Poderá conter o levante das massas novos desvios democrático-burgueses como o “socialismo do século XXI de Chavez, o “capitalismo andino” de Evo, ou pior, o “Brasil de todos” de Lula?
Não se pode explicar a ilusão das massas nesses governos esquecendo-se do repúdio ao neoliberalismo (por mais essencialmente neoliberal que possa ser Lula é identificado como algo distinto). Ou melhor, só se pode entender que esses “reformismos de mãos vazias” tenham tanto peso frente ao que chamamos de crise de subjetividade, de crise do marxismo.
Como contribuir para que, nos próximos processos de luta de massa e operários se possa ir além desses desvios? Como não sermos pegos despreparados estrategicamente para um próximo ascenso, como aconteceu no último desatado em 68 que ninguém esperava? Qual papel nós, estudantes, podemos cumprir?

Resgatar e recriar o marxismo

Nada pode evitar que se dêem grandes lutas de massa que, mesmo sem nenhuma direção revolucionária com peso de massas a nível internacional, por sua própria condição de vida é levada à luta. Tampouco isso depende de uma ou outra organização política para começarem, mas sim para se desenvolverem. Ou seja, o que não está dado é que essas lutas possam avançar do patamar econômico ao político, do espontâneo ao consciente, do reformista ao revolucionário, da derrota ou desvio à vitória, da universidade para a sociedade, da luta contra o patrão e o governo para uma luta contra o Estado. Aí reside o terreno onde aqueles estudantes que insistem em não ignorar as mazelas do mundo podem aportar se forjando como intelectuais e militantes revolucionários, e é nesse sentido que queremos modestamente aportar com esse boletim.
Está mais do que provado que, particularmente no Brasil, tanto acadêmicos que falam em nome do marxismo quanto a esquerda que se pretende revolucionária não conseguiram mantê-lo como teoria viva e guia para a ação revolucionária, para a práxis. Numa divisão de tarefas, temos de um lado uma esquerda sindicalista que simplesmente abdica da tarefa de recompor o marxismo (salvo no caso de alguns reformistas que prostituem o marxismo) ou quando o faz é em chave dogmática, de outro, temos os marxistas acadêmicos que aprofundam a tendência do chamado “marxismo ocidental” de, salvo exceções, produzir um marxismo que trata como virtude a distância entre teoria e prática, entre intelectualidade e classe trabalhadora, que vêem a teoria em si mesmo não importando se conquista alguma comprovação na práxis.
Pior ainda é quando propagam, em nome do marxismo, “novas teorias” que incorporam ao marxismo conceitos e idéias alheias a ele, quando não diretamente opostas. Operações ideológicas que, ao contrário de recriar o marxismo como teoria viva, o dilaceram, produzindo não teorias da emancipação, mas da resignação, da derrota. Que via de regra se esforçam em tirar do centro o combate ao domínio da burguesia como classe detentora da propriedade privada e de um Estado, e o objetivo de superar a alienação do trabalho. Que difundem a idéia liberal de que o stalinismo é a continuidade do bolchevismo quando na verdade é a sua negação, e transformam o debate capitalismo ou socialismo num debate tergiversado entre democracia ou totalitarismo.
Além disso, não é incomum nos defrontarmos com uma série de debates no meio acadêmico e estudantil que já foram superados teoricamente há 80, 90, 100 anos ou mais! Que tomam um caráter mais execrável vindo daqueles docentes que pululam pelas universidades que se colocam como “grande” objetivo de vida ser um agente direto do capital. Só para citar uma idéia corriqueira entre eles que cumpre um papel reacionário, temos a “democracia como valor universal” ou um explicar das “regras do jogo” da dominação capitalista, que é uma ideologia para dominados “dóceis”, ou uma “filosofia da resignação”, para os quais é funcional a separação entre teoria e prática que difundem alguns “marxistas”.

Abaixo a mediocridade da vida!

Para apontar o caminho que aqui traçamos, nós estudantes precisamos romper com nossa adaptação que vai se refletir também em todos os âmbitos da vida. Inclusive quando se analisa 68, que normalmente é uma referência de ruptura nesse sentido, tem sido comumente propagada a idéia de que o sentimento revolucionário presente nos estudantes no Maio de 68 francês foi exclusivamente oriundo do DESEJO DE ACABAR COM O TÉDIO. Este pensamento, embora parcialmente verdadeiro, no que se refere à bancarrota das perspectivas de vida apresentadas à juventude – mais especificamente aos filhos da primeira geração a vivenciar, objetiva e subjetivamente, a capacidade destrutiva de um sistema, ainda assim deixa de revelar aspectos estratégicos importantes deste período: A compreensão da necessidade de ligarem-se à classe trabalhadora, ou antes, o reconhecimento por parte dos estudantes da MISÉRIA MATERIAL e a PAUPERIZAÇÃO DA VIDA INTELECTUAL que os circunscrevia enquanto reflexos da sua inserção no mundo do trabalho sob as condições de CLASSE, ou seja, tratou-se de reconhecerem que OS ESTUDANTES desempenham um papel provisório, que os prepara para o definitivo papel que virão a assumir (“se não tomamos medidas”), na sua qualidade de ELEMENTO POSITIVO E CONSERVADOR NO FUNCIONAMENTO DO CAPITALISMO.
Atentos ao fato de que as exigências do capitalismo moderno fazem com que os estudantes, na sua maioria, venham a ser mera força de trabalho qualificada, e com os despertares em 68 de uma consciência entre os trabalhadores que apontava ao resgate dos métodos de luta revolucionários como, por exemplo, as OCUPAÇÕES DE FÁBRICA, demonstrou a organicidade necessária entre as lutas de estudantes e trabalhadores.
Embora houvesse ainda um anteparo econômico-material reservado ao nicho estudantil, que permitia o prolongamento deste hiato, que é a suspensão temporária da necessidade de inserção no MERCADO DE TRABALHO, a incessante ganância seguia seu movimento de precarização do trabalho e retirada de direitos tendo o lucro como termo orientador; e, portanto, tudo o que se apresentava como privilégio juvenil-acadêmico era parte de uma falsa consciência reacionária e preconizava a pobreza do amanhã.
O tédio era o anúncio de um futuro morto e a possibilidade de reavive-lo, ou vivê-lo - já que toda a existência em uma sociedade opressiva não pode ser considerada mais do que uma sobrevida, era proposta nos marcos da recriação revolucionária de toda a vida social e a explosão da consciência de classe, através dá prática, o elemento-chave à abertura das portas de uma nova sociedade!
Basta de entrar nas universidades e se adaptar às engrenagens da dominação! Chega de entrar incendiário e sair bombeiro! Abaixo a mesquinharia da vida pequeno burguesa! Abaixo o individualismo! Nos unamos na luta contra esse sistema e ao seu “coveiro” que segue sendo um gigante adormecido (por hora): a classe trabalhadora.
Entre em contato conosco e construa esse boletim.
[1] Conceito utilizado por Marx nas suas Teses sobre Feuerbach, de 1845, que para definir de alguma maneira, tem o conteúdo de buscar uma atividade prática orientada por uma teoria crítica, de buscar uma crítica que se inclina no sentido da atividade prática e uma prática que faz a crítica real das relações sociais.
[2] Por trás do Maio, veio o Outono Quente italiano, a Primavera de Praga, a Revolução dos Cravos de Portugal, o Cordobazo na Argentina, os Cordões Industriais do Chile, a greve de Osasco que apontou a perspectiva da derrubada revolucionária da ditadura no Brasil e uma lista interminável de levantamentos de operários e estudantes em todos os rincões do planeta. Se a Revolução Cubana e as lutas antiimperialistas da Argélia e Vietnam foram a ante-sala dos 70, Maio de 68 foi o sinal de largada.
[3] De maneira esquemática, podemos dizer que as derrotas se deram pela via de desvios democrático-burgueses em países centrais como a França, com derrotas profundas na Inglaterra e EUA e contra-revoluções na periferia capitalista. Ainda que, como qualquer generalização, se perde muitos aspectos da particularidade. Por exemplo, no Brasil o ascenso que teve seu auge em 78-80, com destacada hegemonia proletária, foi derrotado pelo desvio da chamada transição democrática, que preferimos chamar contra-revolução democrática.
[4] Para citar somente algumas mais recentes e conhecidas: a) crises: do sudeste asiático de 97-98, Rússia em 98, Brasil em 99, Argentina em 2001, etc; b) guerras: do Golfo em 90-91, dos Bálcãs durante os 90, Afeganistão, Iraque, etc.
[5] Se consideramos a com mais “elementos clássicos”, já que houve a iraniana em 78.
[6] Sigla que a burguesia criou para destacar os chamados “países emergentes” Brasil, Rússia, Índia e China.
[7] Por exemplo: a) depressão dos salários internacionalmente agravadas pela entrada da massa de trabalhadores chineses, em sua esmagadora maioria provenientes do campo paupérrimo e dispostos à trabalhar em regime “semi-escravo”; b) precarização e terceirização do trabalho; c) privatizações; d) fragmentação da classe trabalhadora, etc.