quinta-feira, 18 de março de 2010

SOLIDARIEDADE COM A GREVE DOS SAPATEIROS DE FRANCA

Trabalhadores sapateiros de várias empresas de Franca resolveram desde segunda (15/03) entrar em greve para conseguir um reajuste salarial maior do que as migalhas que a patronal quer impor. Os operários da empresa tenny Wee foram os primeiros e já estão sendo acompanhados por trabalhadores de várias empresas de sapato da cidade, como a Free Way (uma das maiores fábricas de Franca).

Os sapateiros estão demonstrando que estão cansados da exploração que sofrem diariamente nas fábricas, dos assédios morais e dos baixos salários enquanto os ricos patrões desfilam com seus carros importados e vivem em suas mansões conseguidas com o sangue e o suor dos operários.

Como se não bastasse isso, na terça feira (16/03) os trabalhadores da fábrica Tenny Wee foram surpreendidos logo de manhã com a MILITARIZAÇÃO da fábrica. O patrão acionou a polícia e dezenas de seguranças privados para impedir que os trabalhadores fizessem sua assembléia e continuassem a greve. Transformaram a fábrica numa prisão! Além disso, vários operários denunciaram que os chefes estão ameaçando com demissões e represálias. Ou seja, a patronal e os ricos da cidade estão mostrando que não respeitam os mínimos direitos e garantias democráticas dos trabalhadores.

Os governos (estaduais e federais) e os patrões vêm usando sistematicamente a repressão policial para acabar com a mobilização dos trabalhadores e estudantes. Nós vimos isso em 2009 quando Serra mandou a polícia militarizar a universidade e reprimir os trabalhadores da USP e seu combativo sindicato. Já em 2010, a polícia foi enviada para agredir o povo pobre e os trabalhadores que protestavam e denunciavam a inércia dos políticos em resolver o problema das enchentes em São Paulo.

Os estudantes e professores que nos solidarizamos com a luta dos trabalhadores não podemos aceitar a repressão contra aqueles que estão lutando por seus direitos. Cenas como a Tenny Wee militarizada nos lembram os anos mais sombrios da ditadura militar. Precisamos levantar urgentemente a mais ampla solidariedade com os sapateiros que estão em Greve. Por isso, nós do movimento A Plenos Pulmões chamamos a todos os estudantes em geral e entidades estudantis do país, como a ANEL, a enviarem sua solidariedade com a luta dos trabalhadores de Franca.

Fazemos um convite especial as entidades estudantis, grupos de extensão (como NEDA, NATRA, GAPAF, GEDE etc) e organizações políticas de Franca (como a Consulta popular, PCB e outros) para conformar um comitê de solidariedade com a greve dos sapateiros de Franca.

PRIMEIRA REUNIÃO DO Comitê será: SEGUNDA FEIRA (22/03) ÀS 14H na entrada do bloco das salas de aula da UNESP

MOVIMENTO A PLENOS PULMÕES

segunda-feira, 15 de março de 2010

Conflito entre terceirizados na Unicamp

Nesta última terça-feira, dia 9 de março, houve um importante conflito entre os operários terceirizados da obra de extensão da biblioteca do Instituto de Ciências Humanas da Unicamp e mais uma das empresas terceirizadas que controlam a Unicamp, em que ficou muito claro que o mundo invertido concebido pela burguesia é para ela a própria retidão do mundo. A empresa terceirizada que realizava as obras declarou falência e por conta disso, e só por conta disso, a Unicamp rescindiu o contrato da empreiteira. O caso é que os salários dos trabalhadores está há mais de uma semana atrasado (havendo casos de que alguns deles não recebem há sete meses, como declarado por um dos trabalhadores da obra), além de que a rescisão do contrato ainda não caiu para os próprios operários.
Indignados, operários da construção bloquearam a saída de um caminhão da empresa que havia ido ao canteiro de obras para retirar os últimos materiais pertencentes à empreiteira, anunciando que só liberariam a saída quando recebessem o salário. Esse impasse durou do meio-dia às 19h, quando a advogada da empresa apareceu e “convidou” a polícia para intervir. Duas viaturas da PM entraram no IFCH e liberaram o caminhão após dispersar os trabalhadores com ameaças e com a autoridade do gatilho fácil; ao topo de tudo, a advogada da empresa abriu um Boletim de Ocorrência contra os trabalhadores.
Ao ser interpelado pela diretora do Instituto de que, “trata-se aqui de uma universidade, e não de qualquer espaço público e, portanto, a PM não pode entrar aqui”, um dos advogados respondeu com a malícia de um roedor, “Ora, como não? Então se alguém estiver sendo roubado na universidade, a polícia não pode entrar para proteger?”. Somos testemunhas de que a resposta da pergunta desse advogado estava dada desde o início, e só não foi apreendida porque, como se sabe dos roedores do capital, raramente tiram o rosto do chão para observar à volta.
A despeito de os trabalhadores estarem sendo escancaradamente roubados, ao vivo, pela empresa terceirizada na face de seus advogados; e a despeito de os advogados defenderem esse assalto com o insulto jurídico adicional de um Boletim de Ocorrência contra os que sofreram o furto, a Polícia Militar armada defendeu bravamente a fraude, escorraçando os trabalhadores do canteiro de obras, e não os advogados da empresa, e permitindo que a empresa saísse impune, já que o acordo proposto entre a diretoria do instituto, o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp e os advogados da empresa, todos coniventes com a impunidade, se refere a que a reitoria da Unicamp pagará os salários atrasados e desconte disso o que ainda deve à empresa. Resolvem-se os problemas das últimas, menos os dos próprios trabalhadores terceirizados.
A PM, portanto, transformou um roubo em um latrocínio, furto à mão armada. E isso não está para nada desligado do fato de o governador José Serra ter anunciado há não muito que irá aumentar o salário dos operativos da Polícia Militar.
O dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, chamado ao local, revelou sem maior espasmo que a primeira coisa que fez, ao saber que os operários da obra impediam a saída do caminhão da patronal, foi "aconselhar" que o liberassem imediatamente, temendo a represália de um processo penal. Ao crer que defendia os trabalhadores, esse sindicalista opôs-se ao extremo às leis da democracia operária e seus métodos de combate, os quais não fazem concessões aos homens que derivam benefícios de sua precariedade. Essa denúncia é da maior importância, pois a questão da direção da classe operária é mais do que candente. Além disso, denunciamos o papel conciliador da reitoria da Unicamp, que prometeu pagar os salários atrasados dos terceirizados com seus fundos públicos para aliviar sua dívida com a empresa patronal, cobrindo o crime da empresa de terceirização.
A reitoria da Unicamp, cúmplice das contratações por terceirização, deve pagar integralmente os salários de cada trabalhador da obra, e que a empresa terceirizada não receba nada, já que a quitação da dívida restante com ela significa nada mais que o financiamento de uma empresa fraudulenta.
Nós do Movimento a Plenos Pulmões acompanhamos esse processo enquanto ocorria, e repudiamos veementemente a presença da PM na universidade, não importa sob que pretexto, e exigimos a extinção dos órgãos de precarização do trabalho na universidade pública, que as diferenças e separações artificiais entre funcionários efetivos e não-efetivos seja superada nos sindicatos com direção eleita pela base dos trabalhadores, uma vez que muitos trabalhadores terceirizados realizam os mesmos serviços que os funcionários concursados, embora ganhem muito menos por isso e não tenham a estabilidade dos efetivos. É indispensável que os funcionários terceirizados que já trabalham na universidade sejam incorporados diretamente como efetivos sem qualquer tipo de preleção. Além, que todos os novos funcionários adentrem a universidade através do concurso público, de modo que seus contratos não sejam diferenciados.

sexta-feira, 12 de março de 2010

DECLARAÇÃO DO COMMUNARDS CONTRA A MILITARIZAÇÃO NO HAITI




Resistência, mobilização e luta...

Sempre estiveram marcadas na história do povo haitiano!

Desde a maior rebelião de escravos nas Américas em 1791 liderada por Toussaint Louverture.
Anos mais tarde com a sua independência e vitória contra as tropas napoleônicas, mais de60.000 soldados franceses, em 1804 que acaba com a escravidão e o separa da França,impondo um duro golpe para as nações escravocratas que viam com temor o triunfo de umagrande rebelião escravista. Durante todo o período de ocupação militar de diversos países que resulta na imposição de uma dívida ao Haiti em troca de sua independência, passando pelos anos de chumbo dos autoritários regimes de Papa e Baby (Pai e Filho) Doc's. Até a primeira década dos anos 2000, a qual por uma vaga no Conselho de Segurança da ONU o Governo Lula lidera a partir de 2004 a MINUSTAH, com exércitos e tropas de vários países, que têm o papel único de conter as manifestações, reprimir e oprimir os haitianos.

Com o terremoto ocorrido agora no início do ano, todo o mundo voltou seus olhos para oHaiti, num episódio que realmente comoveu a todos: Prédios destruídos, famílias sem
moradias, milhares de mortos nos escombros, deixando o país praticamente em ruínas. “Ajuda humanitária” foi a palavra do dia na mídia internacional, todos os chefes de estado burguesesse pronunciavam de tal maneira, os EUA rapidamente através da sua secretaria de EstadoHillary Clinton avisaram: “Acompanharemos o Haiti hoje, amanhã e sempre daqui para frente”, na TV brasileira a clamação pelo “heróis de farda” e pronunciamentos do GovernoLula louvando o papel de suas tropas.

Entretanto, na ação prática, fruto de todo o projeto que o imperialismo possui para o Haiti, o que se viu é que as “ações humanitárias” da burguesia eram na verdade soldados armados atéos dentes, com o mesmo papel anterior da MINUSTAH, uma intensificação da militarizaçãono País. Mais de 20 mil soldados norte- americanos foram enviados ao mesmo tempo em que o aeroporto era fechado e só entrava no Haiti (isso vale para os alimentos também) quem era autorizado pelo Governo de Obama. Os próprios relatos de estudantes e professores que estavam lá no processo mostravam que:

“As tropas brasileiras, da ONU e dos EUA ajudavam a si mesmas, quem ajudava os
haitianos eram os próprios haitianos!”. “ A ajuda da ONU e das tropas estão a serviço de
reconstruir os Hotéis de Luxo e salvar os turistas das regiões nobres, e não garantir hospitais e resgates de moradores das regiões periféricas”

A ideologia que se quer passar para justificar a presença das tropas em território haitiano éque a população não teria condições de se reerguer, controlar e distribuir a chegada de
alimentos, que são um povo atrasado dentro de um país pobre e subdesenvolvido. Para issoLula, Obama e a ONU mandam soldados e mais soldados, que estupram mulheres1, matamcrianças, separam famílias, retém os alimentos que chegam e impedem qualquer tipo de organização dos trabalhadores e do povo Haitiano, mostrando o real papel da militarização do País- resguardar através da ação militar uma estabilidade em detrimento de um controle social e político, garantindo os interesses econômicos dos países capitalistas centrais. Ao mesmo tempo em que ONG's, empresas e multinacionais arrecadam dinheiro para fazer a manutenção e garantir a infra-estrutura dos exércitos da ONU que estão na “Missão de Paz”, aquele dinheiro que você pensa estar doando para pessoas que estão sem comer na verdade é para garantir os custos de 1 soldado que mata e reprime no país.

Frente a isso, nós estudantes e professores marxistas, que estamos na Universidade vemos indignados essa situação ainda mais porque mostra que na Academia se discute de tudo, menos os principais problemas da Sociedade. A partir do Communards repudiamos veementemente as tropas brasileiras, dos EUA e da ONU no Haiti para conter e reprimir um povo que historicamente já deu provas que são possíveis de construir sua própria história. O Povo haitiano hoje não precisa de soldados e tropas, o povo haitiano precisa de remédios e comida os quais saberão distribuir entre todos se forem até as suas mãos, precisa de médicos, engenheiros, Cientistas Sociais e Historiadores, não de balas e fuzis!

Nós do Communards chamamos estudantes, professores e funcionários da PUC-SP a gritarem junto conosco e usar das ideias a fonte da nossa subversão nos espaços da PUC-SP:

• Toda Solidariedade ao Povo Haitiano
• Fora as tropas Brasileiras de Lula, dos EUA e da ONU do Haiti!
• Pelo controle operário e popular dos produtos recebidos”!

1 Essas denúncias podem ser vistas em qualquer site de Direitos Humanos ou de Centrais populares Haitianas, ou em até em ONG's como a Save The Children-http://www.savethechildren.net/alliance/what_we_do/emergencies/haiti/index.html

segunda-feira, 8 de março de 2010

Venha participar do Communards na PUC-SP: Núcleo de Ação Direta e Estudos Marxistas!


Bibliografia Parte 1:O Anarco Sindicalismo e suas debilidades.
1ª Sessão:Fundamentos da Anarquia.
A Anarquia. MALATESTA, Enrico (Extratos);
Notas sobre estatismo e Anarquismo de Bakunin. MARX, Karl.
Cinegrafia: Terra e Liberdade. LOACH, Ken (trechos).








DEBATE NA PUC-SP: LICENCIAR A LICENCIATURA! NÃO VAMOS ESPERAR MAIS!

com:

Felipe Campos (Comissão Pela Licenciatura).

Profª Neide Noffs (Coordenadora do PifPeb)

ProfªMatilde Melo (Departamento de Sociologia).

Profª Marisa Romero (Departamento de História)

11/03- Quinta Feira as 19:30 no Museu da Cultura- Prédio Velho da PUC-SP.

Organização: Comissão Estudantil Pela Reabertura da Licenciatura na Ciências Sociais PUC-SP.

quinta-feira, 4 de março de 2010

IMPORTANTE ATO-DEBATE EM SOLIDARIEDADE AO POVO HAITIANO NA PUC-SP: FORA AS TROPAS BRASILEIRAS, DOS EUA E DA ONU DO HAITI!



Na última terça-feira (02/03) foi realizado na sala 333 um importante Ato-Debate que se centrou na denúncia das tropas e as tarefas que hoje estudantes, intelectuais, trabalhadores e a própria Universidade tem frente ao que acontece no Haiti. O debate foi organizado pelo CASS (CA de Serviço Social), o CACS (CA de Ciências Sociais) e a APROPUC (Associação de Professores da PUC-SP), e teve apoio de outros Centros Acadêmicos (Jornalismo, Psicologia, Direito e Relações Internacionais). Mais de 100 pessoas, entre estudantes e professores, compareceram e debateram com os convidados a melhor maneira de se solidarizar com o Povo Haitiano.

Mara Onijá, que esteve na mesa pelo Grupo de Mulheres Pão e Rosas (Ler-qi e independentes), denunciou os estupros das mulheres haitianas pelas tropas, assim como toda a condição de opressão que o povo está submetido, resgatou a história de luta do povo Haiti mostrando que diferentemente do propagado pela ideologia dominante, os Haitianos tem condições sim de reconstruir a o país com suas próprias mão independente da burguesia e do Imperialismo. Mara também falou que a melhor luta que estudantes e trabalhadores brasileiros podem fazer em solidariedade ao Haiti é lutar contra a presença das Tropas brasileiras de Lula e do imperialismo no País.

Estiveram na mesa também o profº Erson Martins da Apropuc, que trouxe a mensagem de solidariedade e também centrou a sua denúncia na militarização no país. E também o estudante Otávio Calegari (estudante da Unicamp e militante do PSTU) que esteve em pesquisa no Haiti no período do terremoto e relatou diversos fatos que comprovam que a catástrofe natural que ocorreu não justifica a condição miserável dos trabalhadores e do povo haitiano.

CASS lança o chamado para a formação de um Comite Pró haiti na PUC-SP

Bia Michel integrante da Gestão Pagu do CASS, lançou também no Ato-Debate um chamado para todas as entidades estudantis, de professores e funcionários da PUC-SP para a conformação de um Comitê que não só arrecade verbas para enviar para as centrais populares Haitianas, mas que principalmente coloque como eixo a luta contra as tropas de Lula e do Imperialismo, sendo a melhor forma de garantir as condições favoráveis para os haitianos se reerguerem diante a tragédia. Bia reforçou o chamado para o CACS e a Apropuc para uma campanha permanente, que ligue mais organicamente outros CA's da PUC-SP nessa luta!

quarta-feira, 3 de março de 2010

ESTUDANTES CONTRA AS DEMISSÕES: LUTAR CONTRA AS DEMISSÕES E O FECHAMENTO DA FÁBRICA NA PHILIPS MAUÁ




Os trabalhadores da Philips da França conseguiram um primeiro triunfo

Reproduzimos abaixo panfleto do Comitê Contra as Demissões impulsionado por estudantes da Fundação Santo André e de outras universidades de São Paulo.

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A multinacional Philips passa por uma reestruturação em todo o mundo, não produzirá mais lâmpadas incandescentes. Nos EUA e na Europa a produção desse tipo de lâmpada está proibida e as fábricas da Philips querem readequar sua produção atacando os trabalhadores, demitindo em massa e fechando fábricas inteiras ao invés de modernizá-las e garantir todos os postos de trabalho. Agora querem fechar a planta de Capuava-Mauá alegando que o produto dessa fábrica não é interessante pro mercado. O “interessante” pro mercado e pros patrões é sempre garantir seus lucros, mesmo que custe o emprego de centenas de trabalhadores!

Nos últimos dias a Philips francesa também anunciou do dia pra noite a demissão de 212 trabalhadores e iniciou o processo de fechamento da fábrica. Os trabalhadores eram impedidos de entrar para trabalhar e a patronal queria obrigar que voltassem pra casa calados e aceitar que não teriam mais de onde tirar o seu sustento e de sua família! Mas os trabalhadores franceses não aceitaram a ordem patronal e junto com o sindicato, que atuou de maneira firme e decidida se negando a negociar enquanto a empresa mantivesse a ordem de fechamento da fábrica, exigiam a manutenção de todos os postos de trabalho.

Todos os dias os trabalhadores da Philips na França se reuniam a partir das 5:30 da manhã em assembléia geral em frente à fábrica decidindo cada passo da luta que deveriam travar e organizaram guardas operárias para impedir que a patronal roubasse o maquinário da empresa. Decidiram em assembléia geral tomar o controle da fábrica e começaram a produzir, com isso conseguiram demonstrar que era mentira o que diziam os patrões de que a fábrica não era produtiva. Em um dia de trabalho os operários produziram 300 televisores ao contrário do que impunha a patronal de produzir 5 televisores por dia para justificar o fechamento da fábrica.

A ocupação da fábrica durou 10 dias, até que a patronal pode recuperar o controle. Porém, os trabalhadores não estavam sozinhos, diversos estudantes se mobilizaram e levaram sua força e solidariedade aos trabalhadores em luta o que ajudou os trabalhadores a seguirem sua luta e não ficarem isolados. A última quinta feira foi um dia de festa da planta de Philips na França, porque conseguiram uma conquista inédita: a justiça francesa julgou que a empresa não poderia ser fechada e por isso a patronal teve que pagar uma multa de 25 mil euros, readmitir todos os trabalhadores que foram demitidos e reabrir a planta colocando a produção de volta em seu ritmo normal.

A combatividade dos trabalhadores mostrou que é possível vencer os patrões lutando! Esse é um exemplo que deve ser usado em todo o mundo, pois a Philips tentará demitir e fechar fábricas em todos os lugares para continuar garantindo seus lucros. Os trabalhadores da Philips na França, irmãos dos trabalhadores da Philips do Brasil, mostraram que unidos são muito mais fortes e podem sim derrotar os patrões!

SOLIDARIEDADE COM OS OPERÁRIOS DA PHILLIPS MAUA

Nós estudantes da Fundação Santo André acreditamos nessa força dos trabalhadores e, por isso, organizamos o comitê contra as demissões e estamos na Philips para apoiar a luta dos trabalhadores contra a patronal na defesa dos postos de trabalho, trazendo toda a solidariedade da universidade e de trabalhadores de outras fábricas, estamos dispostos a lutar até o final ao lado dos trabalhadores procurando a solidariedade de toda a população, não permitiremos o fechamento da fábrica, pois o fechamento de uma fabrica como a Philips não significa apenas 400 demissões e sim um efeito em cadeia que afetará todos os trabalhadores do ABC, não podemos permitir mais que a sede de lucro dos patrões signifique o sacrifício de centenas de famílias!

Os trabalhadores da Philips não estão sozinhos e nos colocamos à disposição para tudo o que precisarem em sua luta pela manutenção dos postos de trabalho!

terça-feira, 2 de março de 2010

Declaração de estudantes e trabalhadores que participaram do ato pela retirada das tropas brasileiras do Haiti



Depoimento de Luana Hahn, estudante de Pedagogia da USP:

O ato deveria ter sido maior em número, caso não houvesse tanta alienação, mais foi enorme no grito e na força! Fomos com vontade de denunciar, e conseguimos, ainda que para poucos. Temos muito que dizer, principalmente o que se passa por trás das câmeras. Atos insolentes de soldados porcos e governantes parasitas. Estupro em troca de comida, controle do tráfego aéreo, que proibe o pouso de aviões com comida e remédios ao solo haitiano...Violência e repressão até para as crianças, incluindo armas e algemas. O que deveria ser uma ação solidária, só favorece o caos, a miséria, o sofrimento, a própria morte. A violência e a agressividade contra essas pessoas não podem continuar, precisamos gritar que as máscaras solidárias dos militares da ONU e do presidente Lula são falsas. Denunciar o assassinato do povo haitiano, a falta de solidariedade e compreensão, a proteção aos assuntos da burguesia. Vivemos em tempos repugnantes, não podemos fechar os olhos ao imperialismo que continua massacrando a América, que continua exercendo poder com forças militares, investindo apenas em seus interesses. Um basta à escravidão disfarçada, a ajuda falsa, ao preconceito com eufemismo.

Depoimento de Amauri, trabalhador da USP:

Achei bom para que as pessoas se conscientizem, pena que eramos poucos ainda, as pessoas parecem pouco interressadas em saber o que se passa com o povo de outro pais, mas por isso, valeu pelo barulho, assim faz com que as pessoas prestem mais atenção de alguma forma.
Estão fazendo uma propaganda enganosa de que as tropas prestam ajuda, mas assasinam e estupram mulheres, e na verdade, o que é necessário de alimentos não chega até o povo, a maioria do dinheiro é para tocar as empresas e vai também para as mãos de prefeitos e governadores, aí com certeza a população vai ser a menos atendida pelo dinheiro, que tinha que ir também para construir casas populares e hospitais, porque tá tudo destruido não tem mais nada para o povo.


Depoimento de Guilherme de Almeida Soares, estudante de Ciências Socias da PUC - SP:

O Ato realizado pela LER QI em conjunto com o movimento plenos pulmões e o Pão e Rosas, faz parte de uma campanha de solidariedade verdadeira com centralidade das retiradas das tropas da imperialistas da ONU que estão no Haiti desde 2004 por causa de uma divida externa na qual não foi feita pelo o povo haitano, que mesmo depois do terremoto estão reprimindo e matando a população local, estuprando mulheres e crianças , seqüestrando crianças e regulando o trabalho semi escravo e por solidariedade ativa ao povo do Haiti mostra a necessidade de se juntar com uns dos povos mais explorados historicamente do mundo. É necessário uma campanha unificada de todos os grupos da esquerda brasileira que denuncie o verdadeiro papel das tropas e o caráter real de governos como Obama e Lula e colocar uma política conseqüente pela a retiradas das tropas do Haiti.

Depoimento de André Bof, estudantes de Ciências Sociais da USP:

Dia 25 de fevereiro de 2010. Frente à necessidade primordial que se impõe e impunha, nós estudantes e trabalhadores combativos, em face da miséria e destruição pela qual passa o Haiti decidimos fazer-nos ouvir. Não mais permitiríamos que as tropas lulistas, a serviço do imperialismo, seja ele Francês, estadunidense ou outro, falasse em nome dos brasileiros, não mais permitíriamos que nossos irmãos de classe se sentissem desamparados, não mais permitiriamos que a mentira da ajuda "humanitária desinteressada" chegasse às pessoas, sejam elas brasileiras ou nossos irmãos haitianos.
Através de nossos modestos, porém sinceros e firmes, recursos, nos colocamos na linha de frente da denúncia de Lula e seus patrões estadunidenses, fizemos jus ao nome de nosso movimento e gritamos A PLENOS PULMÕES: SOMOS O POVO DO HAITI, CONTRA AS TROPAS DE LULA ESTAMOS AQUI.Fizemos jus aos nossos principios e honramos tanto nosso discurso quanto nossa prática. Fomos marxistas, fomos combativos e fomos firmes, da mesma maneira como devemos serpara levar além uma campanha de verdadeira solidariedade operária e popular que esteja em contato e apoie as organizações populares, de mulheres e de trabalhadores em sua luta pela autodeterminação do povo haitiano e pela luta que, historicamente travam pela sua liberdade, sua vida, sua cultura e seu respeito.
Nosso papel é e será denunciar a matança e a miséria provocada pelas nações estrangeiras e pelo imperialismo que justifica a condição haitiana como o desdobramento de uma natural incompetência e maldição.A verdadeira maldição do povo haitiano é o capitalismo e seus agentes, e sua salvação é a união operária e popular.Frente a isso continuaremos nossa luta, seja aqui, no haiti ou aonde quer que nossos irmãos de classe necessitem de nossas, modestas, no entanto- reitero - firmes e convictas forças.
FORA já as tropas de lula e do imperialismo do haiti.
Que a organização e distribuição dos recursos de ajuda sejam feitas pelas mãos dos próprios. haitianos e suas organizações.
Pela autodeterminação e soberania do haiti.

Essa é a visão de militantes que creêm e sabem da verdadeira capacidade, força e organização de um povo honrado e guerreiro como é o haitiano.

Estudantes do Movimento A Plenos Pulmões mais uma vez vão às ruas pela retirada das tropas imperialistas e de Lula do Haiti!






No último dia 25 o Movimento A Plenos Pulmões organizou, junto às companheiras do grupo de mulheres Pão e Rosas e aos companheiros da Ler-qi mais um ato em frente ao consulado do Haiti, na Avenida Paulista, pela retirada das tropas do Haiti. Mais uma vez denunciamos o papel das tropas brasileiras no Haiti que estiveram, e estão, à frente da opressão ao povo haitiano, da repressão às mobilizações operárias e estudantis e aos estupros de mulheres e crianças. Junto a nós estiverem presente trabalhadores da USP, Sabesp, Metrô, telemarketing, professores, estudantes secundaristas e da USP, Unesp, Unicamp e da Fundação Santo André.

Estes foram nossos gritos:
“Fora já! Fora já daqui! O cônsul racista e as tropas do Haiti”
“Solidariedade Operária e Popular! Pelo povo do Haiti nós temos que lutar!”
“Comida, remédio, mandem tudo pro Haiti! Só não mandem suas tropas para o povo reprimir!”
"Fora Ianques, fora ianques! Fora imperialismo, trabalhadores adiante!"