quarta-feira, 1 de julho de 2009

O Movimento A Plenos Pulmões no interior de São Paulo

Rafael Borges – Membro do DCE da UNESP Franca


No dia 5 de maio os trabalhadores da USP entraram em greve. Enquanto o DCE da USP e o PSOL travavam a mobilização na USP, nosso movimento organizava a greve na Unesp e Unicamp junto a independentes. Os primeiros a acompanharem os trabalhadores com na greve foram os estudantes da Unesp-Marília, seguidos pelos estudantes do IFCH da Unicamp e pelos heróicos estudantes independentes de Assis. Além disso, como parte do DCE da Unesp, ajudamos a impulsionar o conjunto do movimento nessa universidade e, na segunda-feira dessa semana, os estudantes do curso de geografia de Rio Claro, também entraram em greve, apesar da proximidade das férias, por considerarem muito grave a situação da universidade.
Em todos esses lugares atendemos todos os chamados aos atos do SINTUSP, e buscamos desmascarar a campanha difamatória da grande mídia burguesa, por nos solidarizarmos plenamente com a luta dos trabalhadores da USP, e por entendermos a necessidade estratégica de aliança entre os estudantes e os trabalhadores para dar uma saída à universidade de classes e a sociedade de classes.

UNESP de Marília – Uma greve exemplar!


Em Marília, junto ao grupo de estudos Moradas Comuna, o Grupo Pão e Rosas e aos independentes, travamos uma batalha para construir não somente a greve, mas apontar um movimento estudantil combativo, massivo, auto-organizado e aliado aos trabalhadores.
Dentre outras coisas, reivindicamos a perspectiva combativa no movimento estudantil, que combinou atos, paralisações, piquetes e debates, com assembléias massivas, que no seu auge reuniu ¼ dos estudantes do campus, e culminou na greve com ocupação das salas de aula, que já dura mais de um mês.
Os estudantes tiveram a preocupação de dialogar com os trabalhadores e a juventude da cidade de Marília, levantando a campanha “Na greve da UNESP não tem vestibular, todos podem entrar!”, que combinava atos, panfletagens, atividades culturais (como exibição de filmes), com atividades políticas (como debates sobre os limites do capitalismo, e sua relação com a crise econômica e a crise da universidade). Até mesmo a imprensa burguesa chegou a publicar que “os estudantes da UNESP saem em greve para que todos possam estudar”..

UNICAMP – Um exemplo de entidade militante!

Na UNICAMP, o CACH começou a dar os primeiros passos para construir uma entidade militante. Junto aos independentes que compõe a gestão e novos ativistas que surgiram, estamos conseguindo construir uma nova tradição no movimento, sabendo atuar em frente única com o PSTU na gestão, mas sem reproduzir a prática aparatista e sindicalista desta corrente.
Isso foi o que possibilitou a massificação, a participação ativa de muitos estudantes e a construção de uma greve forte contra a UNIVESP, em defesa dos trabalhadores da USP, por mais professores e pelo fim do trabalho terceirizado com incorporação ao quadro regular de funcionários sem concurso público, uma votação que expressa um grande avanço na consciência da necessidade da aliança estratégica com os trabalhadores.

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