quarta-feira, 15 de julho de 2009

Nota sobre o golpe em Honduras

Nós, estudantes do Movimento A Plenos Pulmões, repudiamos completamente o golpe de Estado articulado em Honduras, que derrubou o presidente Zelaya e instaurou um cerco de endurecimento e repressão ao combativo povo hondurenho que se colocou em luta contra tamanho ataque.
Nos últimos dias, vimos diversas manifestações contra os golpistas, em sua maioria compostas pela juventude indignada, que foram brutalmente reprimidas pela polícia e pelo exército, levando à morte de duas pessoas. Saudamos intensamente a luta que vem sendo levada à frente contra o golpe em Honduras e acreditamos que somente pela via da mobilização da classe trabalhadora, da juventude e do povo pobre e oprimido será possível dar uma saída ao golpe, mas também ao retrógrado regime político em que se encontrava Honduras antes do mesmo, regime este baseado numa completa falta de democracia, mesmo que no âmbito burguês, e marcado por uma pobreza extrema que faz com que mais de 50% da população viva na linha da pobreza.
Não depositamos nenhuma esperança nas negociações intermediadas pela OEA e dizemos: nenhuma negociação com os golpistas! Nesse sentido, os estudantes do Movimento A Plenos Pulmões nos somamos ao grito das companheiras do Pão e Rosas: que o sangue derramado não seja negociado! Abaixo o golpe e o estado de sítio! Nenhuma negociação com os golpistas! Liberdade imediata a todos os presos e presas! Greve geral até que caiam os golpistas! Fora o imperialismo de Honduras!
Acreditamos que, assim como a juventude hondurenha vem se levantando, os estudantes combativos de toda a América Latina não podem permanecer calados frente à absurda situação de Honduras. Nesse marco, fazemos um chamado a todas as entidades estudantis, e principalmente ao DCE da USP, onde estudantes e trabalhadores estão em luta, a que se pronunciem e organizem uma ampla campanha com ações concretas frente ao golpe.

Movimento A Plenos Pulmões

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