sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ato em defesa do direito de greve na Av. Paulista



No dia 7/5 estudantes do Movimento A Plenos Pulmões, junto ao Pão e Rosas, trabalhadores do Movimento Classe contra Classe e estudantes independentes, realizaram um ato na Av. Paulista em defesa do direito de greve dos trabalhadores da USP, que hoje vem sendo duramente atacado por medidas do REItor João Grandino Rodas.

Além de defender a readmissão do dirigente do Sintusp, Claudionor Brandão, demitido por perseguição política no fim de 2008, e nos colocarmos contra as ameaças de multa e corte de ponto dos funcionários grevistas, o ato também defendeu a democratização do acesso à universidade, colocando-se pelo fim do vestibular, filtro social que mantém a maior parte dos trabalhadores e da juventude sem acesso ao ensino superior. Foi assim que nos dirigimos aos estudantes da Cásper Libero que ali se encontravam, mesmo com a proibição dos seguranças do prédio, que não permitiram que panfletássemos nas escadas. Somaram-se ao ato também estudantes do Objetivo que passavam ali no momento, e que hoje são obrigados a enriquecerem os capitalistas do ensino para tentar superar a barreira do vestibular.



Em seguida, os manifestantes ocuparam a Paulista e marcharam até o Masp com faixas, cartazes e palavras de ordem. O ato, cuja realização foi aprovada em uma assembleia geral dos estudantes da USP, infelizmente não contou com a presença do DCE ou de nenhum Centro Acadêmico, e sequer das correntes políticas que dirigem grande parte do movimento estudantil na universidade, como o MES/P-SOL ou o PSTU. O Movimento A Plenos Pulmões segue ao lado dos trabalhadores da USP em sua greve e coloca todas as suas forças em solidariedade a eles e ao seu sindicato, o Sintusp. Também seguimos travando o debate para que as entidades, correntes políticas e o movimento estudantil como um todo se coloque ao lado dos trabalhadores nesta luta em defesa da real democratização do ensino, contra a repressão aos lutadores e contra as terríveis condições de trabalho a que uma grande parcela dos trabalhadores da USP está submetida, em especial os trabalhadores terceirizados.

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