quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Jornada de discussões sobre o Movimento Estudantil - Suas entidades, a aliança com os trabalhadores e o papel dos estudantes.


MOVIMENTO A PLENOS PULMÕES (LER-QI E INDEPENDENTES) CONVIDA:

SABÁDO AS 16:30 NA CASA SOCIALISTA KARL MARK DE CULTURA E POLÍTICA- PÇA AMERICO JACOMINO, 49 PRÓXIMO DO METRO VILA MADALENA.

Por que Participar?

Convidamos todos os estudantes nesse período de eleições em que vivemos nas universidades a participar da Jornada de discussões sobre o Movimento Estudantil - Suas entidades, a aliança com os trabalhadores e o papel dos estudantes. Queremos resgatar a histórica aliança entre estudantes e trabalhadores e saber como podemos atuar no próximo período, principalmente aprofundado um debate sobre a atual vida e organização das entidades estudantis frente aos processos de crise atual e das lutas que surgirem.

Convidamos Juan, dirigente do CEFeL (Centro Acadêmico de Filosofia e Letras) da Unviersidade de Buenos Aires- Argentina, para discutirmos a partir de algumas experiencias importantes que aconteceram lá no último período em relação a organização de Centros estudantis de fato militantes e combativos e não apenas aparatos que falam de lutas, mas não há fazem, e menos ainda mecanismos de cooptação do governismo.

A crise de nossa época...

Vivemos um período agitado! Em meio a crise econômica os exploradores e gananciosos não se cansam de repetir que a crise acabou e que agora o momento é de cooperação entre ricos e pobres, trabalhadores e donos do capital. Entretanto a cada enfrentamento com a policia, a cada retirada de nossos direitos, a cada golpe militar organizado pelos dominantes como em Honduras, vemos que não temos com o que cooperar e sim que a úncia alternativa restante é a resistência e a luta!

No Brasil, o governo Lula faz propaganda do “país modelo”. Fornece o dobro de dinheiro, através do BNDES, para empresários que concentram a riqueza em suas mãos como Eiki Batista do que destina para a educação pública. As universidades continuam sendo restrita aos trabalhadores e ao povo pobre que anseiam por vagas e as poucas que encontram são em grandes monopólios que cobram mensalidades absurdas e oferecem um curso sucateado preparando os jovens trabalhadores apenas para um salário de miséria e uma alta jornada de trabalho.

As lutas na Universidade...A Universidade nas lutas...

No 1º semestre os trabalhadores da USP foram protagonistas de uma luta importante, que contou depois com o apoio dos estudantes, em relação ao questionamento do caráter da Universidade somado a luta contra a repressão tendo como centro a defesa do SINTUSP e readmissão de Brandão. Essa greve mostrou que a mobilização é a única maneira as quais os estudantes e trabalhadores na Universidade podem responder uma estrutura de poder arcaica controlada pelos mesmos burocratas de sempre, e quando eles não conseguem controlar quem controla é o Serra, fazendo cada vez mais se manter o perfil elitista e anti-popular dos centros de conhecimento no Brasil.

Precisamos fazer com que as lutas populares e dos trabalhadores encontre eco no movimento estudantil, mas não apenas isso, hoje também fundamental fazer com que as lutas no Movimento Estudantil sejam ligadas aos interesses da população pobre e dos trabalhadores. Cada luta por melhoria da Universidade, cada luta contra a repressão é necessário fazer expressar a solidariedade aos jovens e mulheres assassinados pelas tropas policiais nos morros e periferias, como principalmente acontece hoje no Rio de Janeiro. Não podemos mais nos contentar em apenas ouvir falar em aliança-operária-estudantil devemos faze-la na prática, não ser somente palavra de ordem e sim mecanismo de ação conjunta de estudantes e trabalhadores politica, teorica e ideoligicamente.

Por que mudar a vida das nossas entidades estudantis?

Para consolidar essa aliança cada vez fica mais latente a necessidade de nos organizarmos. . Em primeiro lugar hoje é fundamental revolucionarmos a vida de nossas entidades. Trocar os calendários e congressos vitoriosos a priori, por planos de lutas audazes e que reflita a demanda e as lutas dos setores mais oprimidos e explorados da população. Dar respostas imedias e não tardias, sair da rotina de reuniões e assembleias que discutem de tudo menos política e ações de luta.

As entidades estudantis tem que ser um instrumento militante e combativo orgânico aos processos de luta dos estudantes e trabalhadores. Assim como fizeram os estudantes a partir do CEFeL (Centro Acadêmico de Filosofia e Letras) da UBA (Universidade de Buenos Aires) e o apoio ativo que deram na luta dos trabalhadores da Kraft-Terrabusi mesmo com toda a censura da mídia e da grande imprensa que fazia questão de esconder o papel deles nas manifestações e mobilizações. A solidariedade dos estudantes as mais de 160 mil familias que sofreram as demissões da Kraft foi fundamental para a Justiça da Província impedir uma das primeiras ordens de despejo da fábrica.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Atividade de Lançamento da Chapa Pagu para as eleições do Centro Acadêmico de Serviço Social da PUC-SP:

A repressão policial e o papel das organizações estudantis!

Com Mara Onija- Integrante do Grupo de Mulheres Pão e rosas e Juan do CEFyL (Centro de Estudantes de filosofia e letras da UBA- Argentina).

Nessa quinta feira (19/11) as 19hs no CASS- PUC-SP!!! Compareça!

"A satisfação intelectual não me basta...A ação me faz falta"- Pagu


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Eleições DCE Unicamp


Unicamp: Atrás da revolução francesa

Desde 2007 o movimento estudantil vem tomando para si, de forma massiva e radicalizada, a luta contra os ataques vindos dos governos estaduais e federais. Essas mobilizações foram inevitavelmente além da oposição aos ataques em si e aos governos que os impunham, pois acabavam tendo de se enfrentar contra agentes internos da própria universidade, que se empenhavam (e continuam se empenhando) em transformar a academia em um espaço ainda mais burocrático, elitizado, repressor e dependente do setor privado. As greves de 2007 e 2009 mostraram, fundamentalmente, que para lutar contra os ataques do governo é necessário também lutar contra a burocracia acadêmica.
Quanto mais antidemocrática a estrutura de poder na Universidade, mais fácil, por parte dos governos, empresas e reitorias imporem seus ataques. Os decretos do Serra em 2007 e a gritante repressão a greve dos trabalhadores da USP neste primeiro semestre deixa evidente a quem serve a atual estrutura de poder na Universidade. Estudantes e trabalhadores são excluídos dos espaços de decisão que são monopolizados por endinheirados professores que, muitas vezes, são os mesmo que possuem obscuras ligações com empresas privadas. A verdade é que um lugar que concede 70% do poder de decisão a uma minúscula minoria e onde a comunidade não pode nem decidir quem será o próprio reitor, pois quem decide isso no final é o governador, está muito mais próxima de um feudo e de uma ditadura, do que de um pólo progressivo de produção de conhecimento.
As lutas dos estudantes se enfrentam, então, com uma estrutura de poder que condiz com uma universidade que exclui a grande maioria da população e ainda tenta calar os que estão dentro dela. Para nós, todas as lutas do movimento estudantil devem estar ligadas com uma postura firme de combate a oligarquia existente. Pois se queremos outra universidade, que esteja a serviço dos trabalhadores e da maioria da população, é necessário lutar contra os que cotidianamente mantêm e aprofundam seu caráter racista e elitista.

UNICAMP: Cada vez mais aberta às empresas e fechada para estudantes, trabalhadores e população

A Unicamp é considerada um dos pólos de conhecimento mais avançados do país. Porém, uma análise mais cuidadosa nos leva a uma pergunta: A quem serve esse conhecimento?
Não é de hoje que vemos em nossa universidade pública espaços que necessitam ser pagos para sua utilização, além dos diversos cursos de extensão que rendem altíssimos dividendos para alguns professores. Concomitantemente, vemos uma imensa repressão às festas dentro do Campus como há tempos não se via. Há algumas semanas, o CACH recebeu uma intimação judicial por ter organizado uma confraternização, além da perseguição que a própria reitoria vem impulsionando a festas como a do FEIA e o IFCHstock. A repressão as festas, na verdade, é um ataque claro contra a utilização pública da Universidade, que tenta restringir não apenas as festas, mas também a livre manifestação política e artística. Irônico é que para propagandas e eventos de empresas e bancos a UNICAMP deixa suas portas abertas.
Nesse marco, se torna urgente, uma ampla campanha por liberdades democráticas, que lute pela liberdade de ocupação da universidade e denuncie que querem transformar a UNICAMP em um laboratório empresarial, como se já não bastasse o filtro do vestibular que tanto a elitiza.

Eleições para DCE: A luta deve ser por outra Universidade
Depois destes anos de luta contra ataques oriundos também por parte do governo Lula, o governismo ainda tem a cara de pau de tenta ocupar algum espaço na UNICAMP. Apesar de não dizerem, a chapa “Vou a luta com essa Juventude” é impulsionada pela UJS (PCdoB), que é base mais do que aliada do governo Lula, deixando claro que não está disposta se enfrentar com os projetos privatizantes criados por aquele.Por sua vez, a chapa “Não sou massa de manobra”, que, em nome da “pluralidade de idéias”, se recusa a se posicionar de forma contundente frente às principais questões que hoje permeiam o movimento estudantil; de tão “plural” rachou no meio e, para nós não configura de forma alguma uma alternativa, pois precisamos de posições claras e decididas no ME, pois assim são os ataques que estamos enfrentando.
Por outro lado, a chapa “Tem mais Samba”, é impulsionada pelo mesmo grupo (Domínio Público/PSOL) que está a quase dez anos no DCE e, mesmo com todo esse tempo, pouca diferença fez no movimento estudantil da Unicamp. Essa chapa discursa contra os projetos dos governos Serra e Lula porém, na prática, se adapta a uma lógica super estrutural de privilegiar a própria construção através do DCE. Isso faz com que nos momentos de luta este grupo não consiga fazer o papel que o DCE deveria ter de articular e unificar as lutas. Mesmo com um discurso mais a esquerda, a prática do grupo Domínio Público é viciada aos moldes de um antigo movimento estudantil, que luta por barganhas frente à estrutura acadêmica, mas está longe de ter uma atuação estratégica por outra universidade, ou mesmo dispostos a levar as lutas até o final. Em última instancia, essa concepção só se implementa a partir da construção de um ME despolitizado e passivo e é por isso que espaços importantes para um movimento estudantil combativo e democrático, como as assembléias gerais ou mesmo os congressos estudantis, praticamente inexistam na prática desse grupo e, quando ocorrem, são visivelmente esvaziados.
Entendemos que o momento das eleições deveria ser um momento importante para propagandear frente ao conjunto dos estudantes a necessidade da construção de uma nova tradição no ME, que privilegie a democracia direta e discuta profundamente as bases de um novo programa para a Universidade. Para nós, faz parte fundamental das lutas contra os ataques a universidade contrapô-los a um programa próprio do ME que busque destruir o atual feudo universitário para construir uma universidade a serviço dos trabalhadores e do povo pobre.

Chamamos a votar criticamente na chapa “Outros Maios Virão”

Para nós, o movimento estudantil da Unicamp necessita urgentemente de um grupo que, de fato, seja uma oposição a atual gestão do DCE. Que leve até o final as bandeiras de luta necessária no momento ligando-as com um programa de transformação da universidade, articulando e unificando os distintos setores da universidade, se ligando aos setores mais explorados da sociedade e se articulando com as lutas sociais e com o movimento estudantil das privadas e secundarista. Que lute por um DCE militante de fato, que faça de seu programa sua prática cotidiana e que privilegia a expressão da base dos estudantes. Que faça política para ganhar a grande maioria dos estudantes para a mobilização direta e por uma transformação radical da Universidade, construindo junto ao movimento um novo projeto de universidade e um novo movimento estudantil, anti-imperialista, pró-trabalhadores, subversivo e questionador.
Nesse sentido, para nós é necessário combater firmemente a concepção de movimento estudantil do campo “Dominio Público”, onde as lutas mínimas e o diálogo com a burocracia universitária têm mais importância que a mobilização direta. Nesse sentido criticamos o chamado feito pela chapa “Outros Maios Virão”,composta fundamentalmente por militantes do PSTU, para compor uma chapa unitária com a atual gestão do DCE. Entendemos que essa política esconde as diferenças existentes sob uma unidade no abstrato. Pois mesmo que tenhamos acordos em diversas bandeiras de luta não significa que, na prática, temos as mesmas concepções sobre como respondê-las.
Vemos que a chapa “Outros Maios Virão”, apesar das oscilações, representa um setor no movimento estudantil mais ligado às lutas reais, e mais conseqüente nas mobilizações. A chapa “Outros Maios Virão” afirma a necessidade de construir um pólo de organização das lutas estudantis através da ANEL. Mesmo que tenhamos divergências com o PSTU sobre como construir a ANEL, entendemos que essa política é muito mais progressiva que atuação dentro do braço do governo que é a UNE, como defende todas as outras chapas concorrendo ao DCE. Por isso chamamos os estudantes a votar na chapa “Outros Maios Virão”, com intuito de construir uma oposição permanente de esquerda a atual gestão do DCE. Nesse sentido também chamamos o PSTU a serem mais firmes com essa política e deixar de lado o semear de ilusões num grupo que mais paralisa do que faz avançar o ME, rompendo de vez com as tentativas de acordos super estruturais com o Domínio Público que nada agregam à construção do ME que precisamos.

Ciclo Ken Loach no MIS - Campinas neste 14/11: exibição do filme "Pão e Rosas" seguido de debate com a presença de Cristiane Toledo


Dia 14/11 às 19h30

Exibição do filme "Pão e Rosas" seguido de debate com a presença de Cristiane Toledo Maria, pesquisadora da obra de Ken Loach no Brasil e integrante do grupo de mulheres Pão e Rosas.

Esta atividade é parte do Ciclo de filmes do diretor inglês Ken Loach, promovido pelo Pão e Rosas e Movimento a Plenos Pulmões de Campinas.

As próximas exibições serão nos dias 18/11 e 03/12.

Para maiores informações: paoerosas.campinas@gmail.com

Local: MIS-Museu da Imagem e do Som de Campinas
Palácio dos Azulejos - R. Regente Feijó nº 859 Centro - Campinas

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ato de estudantes e trabalhadores boicota a 1° rodada das eleições para REItor da USP!!!

Assembléia dos estudantes HOJE, 17h, no prédio da História

Cerca de 500 pessoas estiveram presentes, hoje, no ato pelo boicote do processo eleitoral para a escolha do próximo REItor da USP.

Visto a antidemocrática estrutura de poder da universidade, estudantes e funcionários, em ato em frente à Reitoria da USP, com batuques, músicas, faixas, teatro etc, levaram à frente a resolução da assembléia de estudantes e trabalhadores pelo BOICOTE ativo do processo eleitoral.

A Reitoria se pronunciou pela adiamento das eleições para amanhã, com local a ser definido.

Os estudantes presentes no ato passam em salas de aula neste momento para convocar a assembléia chamada para hoje, às 18 horas, no prédio da História, que vai organizar o ato de amanhã para a continuidade da luta pela boicote e por democracia na universidade.

Levar a frente a luta pelo BOICOTE ativo do processo eleitoral!
Abaixo a repressão!
Defesa do Sintusp, dos estudantes e dos trabalhadores!
Dissolução do C.O.!


Flavia, Movimento A Plenos Pulmões

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Desatai o Futuro PUC/SP- Edição Especial: Todo apoio a anti-candidatura de Chico de Oliveira!

Dando continuidade a campanha contra a repressão e pela democratização da Universidade lançada no ato-debate da última quinta-feira, chamamos todos estudantes a comparecerem em frente a reitoria da USP na terça-feira (10/11) e apoiar a anti-candidatura do Pro-fessor Francisco de Oliveira, que a partir do programa votado na assembleia dos trabalhadores da USP e junto com o DCE e a APG(Associação do Pós-Graduandos) promove a política de boicote a essas eleições farsantes e questiona a atual estrutura de poder onde apenas os conselheiros do CO (conselho universitário) votam para reitor.

Iremos nos concentrar a partir das 10hs no Pátio da Cruz e convidamos todos que lutam contra a repressão e por uma universidade mais democratica a serviço dos trabalhadores e do povo pobre a participar dessa mobilização importante que deve se difundir para vários outros lugares. O ato de boicote as eleições será as 12:00 em frente a reitoria da USP, e é importante que desde a PUC-SP e da luta que impulsionamos aqui contra a FUNDASP também se expresse através da solidariedade e defesa aos estudantes e trabalhadores da
USP.


Todos ao boicote: Terça-feira (10/11), às 12h, em frente a reitoria da USP!
Concentração na PUC-SP, às 10hs no Pátio da CRUZ!