A PUC-SP vive atualmente um período bastante conturbado. Organizações estudantis sendo atacadas, como o CACS, proibições e cerceamento de liberdades democráticas, punição para qualquer tipo de manifestação política, cultural e artística, além de uma ofensiva da FUNDASP aproveitando o novo estatuto aprovado e o consentimento dos conselhos arcaicos da estrtura de poder da Universidade.
A médio prazo essa situação pode se agravar, a atual política da universidade movida por decretos do CONSAD (orgão superior executivo votado no novo estatuo que coloca os antigos conselhos como consultivo permitindo poderes máximos para a FUNDASP) já votou uma composição clerical para o Comitê de Ética, onde os padres terão ¼ dos votos que decidem sobre as pesquisas acadêmicas da graduação e da pós, sem contar as carteirinhas já planejada pela reitoria e a igreja como forma avançada para garantir o controle dos estudantes que “fugirem da regra da universidade”.
É importante lembrar que todos esses ataques fere com a própria tradição da Universidade que ainda que nunca teve um caráter popular e voltado para os trabalhadores, sempre cumpriu um papel progressista em abrigar professores perseguidos pela ditadura militar, as manifestações estudantis e se posicionar contra o atual regime político perseguitório da época.
Entretanto, mesmo assim isso só era possível porque a igreja e a FUNDASP tinham menos poderes acadêmicos e políticos, e paralelamente a isso o movimento estudantil conseguia se posicionar ativamente nos principais processos. Frente a isso achamos fundamental dentro do processo de reorganização das reivindicações estudantis e de um questionamento crescente das ações repressivas aos estudantes, apoiar a chapa Construção Coletiva para as eleições do Centro Acadêmico 22 de agosto.
Nós do Movimento A Plenos Pulmões apesar de divergências que temos com os companheiros, achamos fundamental apoiar a chapa nessas eleições porque sabemos que os estudantes precisam de Centros Acadêmicos que não aceitem as imposições da reitoria e dediquem suas forças para organizar as lutas do próximo período.
Os estudantes que se organizam na Construção Coletiva se colocam nessa perspectiva, diferente das outras chapas que por trás de discursos de festas e de “centro acadêmico para os estudantes e não para política” tem uma ação consciente de apoio a atual conjuntura da universidade. Nunca se colocando em defesa de nenhum estudante perseguido, nem contra os ataques promovidos pela reitoria e a FUNDASP.
Todo apoio a chapa “Construção Coletiva” no Centro Acadêmico 22 de agosto.
Por uma campanha contra a repressão e pela Democratização da Universidade.
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