Nessa fase atual do imperialismo e no contexto da crise econômica mundial, se afloram ainda mais as impostas misérias capitalistas, como na diferença não só entre homens e mulheres, como entre as mulheres burguesas e as trabalhadoras. Miséria que se apresenta, seja na antagonia entre a primeira-dama negra norte-americana Michelle Obama e as lutadoras femininas na resistência em Honduras e no Haiti, seja entre a presidente argentina Cristina Kirchner e as operárias em greve na Kraft-Terrabusi.
E é nesse contexto que se encontra a questão do aborto, em que quase um milhão de abortos clandestinos são realizados por ano só no Brasil, dos quais cinco mil mulheres padecem devido às condições insalubres e sem higiene nas quais a maioria pobre e negra é obrigada a se submeter por não ter condições de pagar os altos valores cobrados nas clínicas clandestinas, o que faz do aborto, assim como já faz da própria mulher, mais um produto do sistema capitalista... Enquanto isso, as ricas, além de poderem pagar tais clínicas, tem toda a cobertura caso precisem de socorros médicos em seus hospitais particulares, tendo as pobres que morrer escondidas em um agonizante silêncio e envoltas pelo seu próprio sangue por não terem a quem recorrer!
Por isso que nós, da A Plenos Pulmões construímos com as camaradas do Pão e Rosas a Campanha Latino Americana e Caribenha pelo Direito ao Aborto e exigimos:
* Chega de mulheres mortas por abortos clandestinos!
* Pelo fim da criminalização da mulher e da concepção de mulher-objeto!
*Educação sexual no ensino público, para decidir!
* Anticoncepcionais e contraceptivos de qualidade para não engravidar!
* Aborto livre, legal, seguro e gratuito para não morrer!
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