Na última quarta-feira, 26/5, o ato convocado pelo Fórum das Seis na Unicamp reuniu mais de mil pessoas, consolidando o maior ato desde o início da greve. O ato pretendia exigir de Fernando Costa, reitor da Unicamp e presidente do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) o agendamento de novas reuniões de negociação, que foram interrompidas pelos reitores após a última reunião, quando o Cruesp disse que a negociação a respeito da isonomia estava fora de questão. A postura intransigente do Cruesp se confirmou ao descobrirmos que Fernando Costa havia viajado para Brasília e, portanto, o fórum não seria recebido.
Se não tiver negociação o que vai ter é ocupação!
Contudo, os manifestantes deixaram claro sua disposição de não ficar refém dos caprichos do Cruesp e de sua frustrada tentativa de vencer a greve pelo cansaço. A reitoria da Unicamp foi ocupada por estudantes e funcionários das três universidades. Durante a ocupação, foi deliberado a construção de um comando de greve estadual que possa coordenar as lutas que ocorrem nas universidades.
Diante da hesitação do Fórum das Seis, construir uma coordenação dos setores em luta!
Após a ocupação diversos setores do Fórum das Seis, dizendo que a ocupação não havia sido deliberada, encerrou seu ato de levou o caminhão de som embora. Contudo, a maior parte dos manifestantes permaneceu firme do lado de fora da reitoria aguardando a saída de seus companheiros. Ainda que o Fórum das Seis hoje seja necessário como um órgão de articulação das universidades, precisamos articular organismos democráticos, ligados à base, que possam coordenar os setores que hoje se colocam em luta nas universidades. Por isso é preciso concretizar e fortalecer o Comando de Greve deliberado em assembleia pelos funcionários da Unicamp em greve e referendado pelos ocupantes da Reitoria.
Contra a burocracia sindical, organização dos trabalhadores pela base.
Para levar a luta das estaduais até a vitória, é necessário que os setores em luta ultrapassem os obstáculos colocados por suas direções. Podemos ver os primeiros passos nessa direção na atitude dos trabalhadores da Unicamp que, reunidos ontem (27/5) em assembleia, desmentiram a nota publicada pelo seu sindicato, o STU (dirigido pelo PCdoB), em que responsabilizavam o Sintusp e os funcionários da USP pela ocupação da reitoria, dizendo que não a apoiavam. Os trabalhadores em assembleia, contudo, reconheceram como legítima a ocupação, da qual muitos participaram, e votaram contra sua direção burocrática.
A greve se fortalece!
Novos setores estão aderindo à greve, que nesta semana também deu um salto de qualidade em sua radicalização, com o fechamento da reitoria da USP e o ato e ocupação na Unicamp. Os estudantes de filosofia da Unesp de Marília deflagraram greve, bem como a Psicologia da USP.
Em breve publicaremos fotos do ato na Unicamp.
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