IFCH 40 anos: Para onde vamos?
No último semestre o IFCH participou de uma importante greve encabeçada pelas estaduais paulistas. Nosso motivo central: combater a Univesp.
Ao longo do semestre, no entanto, diante de diversos outros problemas, como a entrada da PM no campus da USP e uma crise da (anti)democracia das instâncias decisórias dessa universidade, outro problema, há muito tempo latente no IFCH, se manifestou com força: o desmonte de nosso instituto e das Ciências Humanas em geral.
Mesmo com o fim da greve, um sentimento de inconclusão se manteve. Ao tempo em que o caixão que levantamos apodrece, nossa biblioteca é inundada, documentos de nosso arquivo (AEL) são comidos por cupins (sobrepondo o esquecimento à memória do movimento dos trabalhadores) e funcionários têm de trabalhar cada dia mais e sob piores condições, seu caso mais latente: a terceirização. Essa grave situação já era reconhecida inclusive pela Direção do Instituto em seu programa político antes de ser eleita.
O reconhecimento da situação, no entanto, não fez com que a maioria de nossos professores e a atual Direção do IFCH se colocassem decididamente em uma luta política que extrapolasse os mecanismos institucionais, que há longa data vêm se mostrando um canal de referendamento das políticas da Reitoria.
A reformulação de nosso currículo de acordo com a falta de professores (como aconteceu com o currículo da Ciências Sociais já em andamento para os calouros de 2009) deixa evidente a fraqueza dessa forma de atuação política adaptada à burocracia universitária - vale ressaltar que na História não faltaram iniciativas neste sentido, com propostas de retiradas de matérias de Teoria entre outras; o problema é que a carga horária da curso de História já está próxima do limite mínimo permitido, o que dá pouca maleabilidade para reformas curriculares nesta lógica. Enquanto que reconhecem os problemas e levantam a bandeira de contratação de professores (se esquecendo dos funcionários), os próprios departamentos do IFCH já cavam sua cova.
A Comissão de Vagas Docentes (CVD - ligada à reitoria) disponibilizará, para o ano de 2010, 40 novas vagas de contratação docente para toda a Unicamp. Essas vagas, cabe lembrar, serão disputadas pelas 22 unidades da Universidade. Só o IFCH, segundo cálculo feito pelos departamentos, precisaria de 32 novas contratações nos próximos 2 anos – isto para que linhas de pesquisa que existem hoje em nosso instituto não deixem de existir. O pedido que será enviado pela Congregação do IFCH requisitando 32 novas vagas só para nosso Instituto será obviamente negado e engavetado pelo nosso excelentíssimo REItor Fernando Costa.
Outro ponto importante diz respeito ao funcionamento dos órgãos decisórios de nosso Instituto. A democracia, como sabemos, nunca foi o forte. Isso fica mais evidente se olharmos para a composição da Congregação (órgão máximo de deliberação do IFCH), onde os professores têm 70% de representantes, os funcionários 15% e os estudantes 15%.
A necessidade de um novo Estatuto e de uma ampla discussão sobre a democracia em nosso Instituto já foram levantadas inclusive pela própria Direção, em sua retórica carta programa.
Nós, da chapa Terra em Transe, reivindicamos o processo de luta política que vêm sendo construído contra o desmanche de nosso instituto, das ciências humanas e da universidade pública brasileira.
Convidamos todos os estudantes que se preocupam com o futuro de nosso Instituto a não apenas votarem em nossa chapa, mas, mais importante do que isto, a participarem das reuniões do Centro Acadêmico e dos diversos outros espaços de construção política.
No último semestre o IFCH participou de uma importante greve encabeçada pelas estaduais paulistas. Nosso motivo central: combater a Univesp.
Ao longo do semestre, no entanto, diante de diversos outros problemas, como a entrada da PM no campus da USP e uma crise da (anti)democracia das instâncias decisórias dessa universidade, outro problema, há muito tempo latente no IFCH, se manifestou com força: o desmonte de nosso instituto e das Ciências Humanas em geral.
Mesmo com o fim da greve, um sentimento de inconclusão se manteve. Ao tempo em que o caixão que levantamos apodrece, nossa biblioteca é inundada, documentos de nosso arquivo (AEL) são comidos por cupins (sobrepondo o esquecimento à memória do movimento dos trabalhadores) e funcionários têm de trabalhar cada dia mais e sob piores condições, seu caso mais latente: a terceirização. Essa grave situação já era reconhecida inclusive pela Direção do Instituto em seu programa político antes de ser eleita.
O reconhecimento da situação, no entanto, não fez com que a maioria de nossos professores e a atual Direção do IFCH se colocassem decididamente em uma luta política que extrapolasse os mecanismos institucionais, que há longa data vêm se mostrando um canal de referendamento das políticas da Reitoria.
A reformulação de nosso currículo de acordo com a falta de professores (como aconteceu com o currículo da Ciências Sociais já em andamento para os calouros de 2009) deixa evidente a fraqueza dessa forma de atuação política adaptada à burocracia universitária - vale ressaltar que na História não faltaram iniciativas neste sentido, com propostas de retiradas de matérias de Teoria entre outras; o problema é que a carga horária da curso de História já está próxima do limite mínimo permitido, o que dá pouca maleabilidade para reformas curriculares nesta lógica. Enquanto que reconhecem os problemas e levantam a bandeira de contratação de professores (se esquecendo dos funcionários), os próprios departamentos do IFCH já cavam sua cova.
A Comissão de Vagas Docentes (CVD - ligada à reitoria) disponibilizará, para o ano de 2010, 40 novas vagas de contratação docente para toda a Unicamp. Essas vagas, cabe lembrar, serão disputadas pelas 22 unidades da Universidade. Só o IFCH, segundo cálculo feito pelos departamentos, precisaria de 32 novas contratações nos próximos 2 anos – isto para que linhas de pesquisa que existem hoje em nosso instituto não deixem de existir. O pedido que será enviado pela Congregação do IFCH requisitando 32 novas vagas só para nosso Instituto será obviamente negado e engavetado pelo nosso excelentíssimo REItor Fernando Costa.
Outro ponto importante diz respeito ao funcionamento dos órgãos decisórios de nosso Instituto. A democracia, como sabemos, nunca foi o forte. Isso fica mais evidente se olharmos para a composição da Congregação (órgão máximo de deliberação do IFCH), onde os professores têm 70% de representantes, os funcionários 15% e os estudantes 15%.
A necessidade de um novo Estatuto e de uma ampla discussão sobre a democracia em nosso Instituto já foram levantadas inclusive pela própria Direção, em sua retórica carta programa.
Nós, da chapa Terra em Transe, reivindicamos o processo de luta política que vêm sendo construído contra o desmanche de nosso instituto, das ciências humanas e da universidade pública brasileira.
Convidamos todos os estudantes que se preocupam com o futuro de nosso Instituto a não apenas votarem em nossa chapa, mas, mais importante do que isto, a participarem das reuniões do Centro Acadêmico e dos diversos outros espaços de construção política.
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