EDGARD PEDE SOCORRO!
Em 1974, o Arquivo Edgard Leuenroth foi fundado nas dependências do IFCH a partir de uma série de documentos comprados pela Unicamp do filho de Edgard Leuenroth, um jornalista anarquista que dedicou sua vida a coletar e conservar estes documentos que representam uma importante parte da história do movimento operário, que ficaram escondidos por anos em um sítio durante as ditaduras de Vargas e militar.
Estes documentos preservados com tanto zelo por Edgard Leuenroth parecem estar seguros; afinal, a Unicamp, além de ser de ser uma universidade respeitadíssima, possui um dos maiores arquivos sobre movimento operário do mundo, o AEL. Porém, grande parte dos estudantes da Unicamp desconhecem a importância desse arquivo e, tampouco, os sérios problemas pelos quais ele vem passando. O acervo é composto por 280.000 documentos, 28.000 livros, 171 boletins, 3.811 números de periódicos, 3.878 jornais, 854 vídeos, 289 filmes, 1.419 registros de áudio, 2.200 cartazes, 13.330 gravações em fita, 21 anotações e 45.000 fotografias. Em contrapartida, existem apenas 18 funcionários, destes 7 são chefes.
Estes importantes materiais de audio e vídeo, por exemplo, já podem ter sido apagados pelo tempo, e não se sabe. Isso porque é necessário que a cada 5 anos se mude o suporte desses documentos e, no entanto, nunca este processo foi realizado. Os 28.000 livros, por sua vez, simplesmente não podem e não poderão ser consultados, visto que o novo prédio sequer prevê a existencia de uma sala de leitura, dado que prioriza a utilização do espaço para a alocação das chefias. Existem outros documentos, como periodicos, panfletos, cartazes, que estão a mais de 12 anos abandonados em caixas numa seção que supostamente deveria guardar esses documentos provisoriamente, até que o processamento técnico os catalogasse. Este seria o papel do único arquivista existente no arquivo. Resultado: nessas ferias foram encontrados vários documentos comidos por cupins, e outros, molhados!
Um engenheiro da Unicamp, responsável pelas obras do novo prédio do AEL, questionado sobre que medida tomar em caso de incendio, respondeu: “Rezem!”. No projeto do novo prédio, apesar deste possuir um eficiente sistema de alarmes em caso de incendio, não se levou em consideração que, dado o incendio, não há como apaga-lo sem destruir o arquivo, composto, em sua maioria, por papeis e plásticos. Seriam necessarios guardas 24h treinados para evitar qualquer foco de fogo ou água, como também um sistema automático de desligamento do ar condicionado. Lembremos do recente inundamento da biblioteca, salva pela existencia de uma festa que permitiu a presença de estudantes no IFCH na madrugada, que se organizaram para preservar os livros.
Estamos, então, à altura de guardar esses documentos? É preciso pensar em medidas de influirmos mais decisivamente na gestão desse espaço. Certamente esses burocratas que gerem o AEL não são capazes de cuidar desses documentos com a paixão de pessoas que deram a vida para que esses documentos existissem; assim como não são capazes de transformar o AEL num patrimônio verdadeiramente público.
Sentimos a necessidade de levar essa campanha à frente, começando com a exigencia de uma audiência publica sobre o AEL, onde poderiamos ter um maior contato com a profundidade do problema a partir da versão dos responsáveis, e questioná-los.
Em 1974, o Arquivo Edgard Leuenroth foi fundado nas dependências do IFCH a partir de uma série de documentos comprados pela Unicamp do filho de Edgard Leuenroth, um jornalista anarquista que dedicou sua vida a coletar e conservar estes documentos que representam uma importante parte da história do movimento operário, que ficaram escondidos por anos em um sítio durante as ditaduras de Vargas e militar.
Estes documentos preservados com tanto zelo por Edgard Leuenroth parecem estar seguros; afinal, a Unicamp, além de ser de ser uma universidade respeitadíssima, possui um dos maiores arquivos sobre movimento operário do mundo, o AEL. Porém, grande parte dos estudantes da Unicamp desconhecem a importância desse arquivo e, tampouco, os sérios problemas pelos quais ele vem passando. O acervo é composto por 280.000 documentos, 28.000 livros, 171 boletins, 3.811 números de periódicos, 3.878 jornais, 854 vídeos, 289 filmes, 1.419 registros de áudio, 2.200 cartazes, 13.330 gravações em fita, 21 anotações e 45.000 fotografias. Em contrapartida, existem apenas 18 funcionários, destes 7 são chefes.
Estes importantes materiais de audio e vídeo, por exemplo, já podem ter sido apagados pelo tempo, e não se sabe. Isso porque é necessário que a cada 5 anos se mude o suporte desses documentos e, no entanto, nunca este processo foi realizado. Os 28.000 livros, por sua vez, simplesmente não podem e não poderão ser consultados, visto que o novo prédio sequer prevê a existencia de uma sala de leitura, dado que prioriza a utilização do espaço para a alocação das chefias. Existem outros documentos, como periodicos, panfletos, cartazes, que estão a mais de 12 anos abandonados em caixas numa seção que supostamente deveria guardar esses documentos provisoriamente, até que o processamento técnico os catalogasse. Este seria o papel do único arquivista existente no arquivo. Resultado: nessas ferias foram encontrados vários documentos comidos por cupins, e outros, molhados!
Um engenheiro da Unicamp, responsável pelas obras do novo prédio do AEL, questionado sobre que medida tomar em caso de incendio, respondeu: “Rezem!”. No projeto do novo prédio, apesar deste possuir um eficiente sistema de alarmes em caso de incendio, não se levou em consideração que, dado o incendio, não há como apaga-lo sem destruir o arquivo, composto, em sua maioria, por papeis e plásticos. Seriam necessarios guardas 24h treinados para evitar qualquer foco de fogo ou água, como também um sistema automático de desligamento do ar condicionado. Lembremos do recente inundamento da biblioteca, salva pela existencia de uma festa que permitiu a presença de estudantes no IFCH na madrugada, que se organizaram para preservar os livros.
Estamos, então, à altura de guardar esses documentos? É preciso pensar em medidas de influirmos mais decisivamente na gestão desse espaço. Certamente esses burocratas que gerem o AEL não são capazes de cuidar desses documentos com a paixão de pessoas que deram a vida para que esses documentos existissem; assim como não são capazes de transformar o AEL num patrimônio verdadeiramente público.
Sentimos a necessidade de levar essa campanha à frente, começando com a exigencia de uma audiência publica sobre o AEL, onde poderiamos ter um maior contato com a profundidade do problema a partir da versão dos responsáveis, e questioná-los.
Yan (CSN09), Chun (CSD07), Thaís (CSD05), Marcão (CSD08), Otávio (CSD06), Luma (CSN07), Tati (CSD05), Paulinha (CSD05), Léo (Hist06), Iuri (CSD07), André (CSD07), Biro (CSN09), João (CSN09), Festi (Mestrado)
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