A QUEM SERVE SEU CONHECIMENTO?
R$ 5.628,08! É essa quantia média que o brasileiro paga por ano em impostos, encontrando-se entre a carga de impostos das mais altas do mundo. Grande parte dos baixos salários dos trabalhadores e da população pobre (quem realmente paga imposto nesse país), ganho com um alto grau de exploração e trabalho precário muitas vezes, destina-se ao pagamento de impostos. Parte desse montante arrecadado irá enriquecer grandes empresários, seja pelo pagamento da dívida interna e externa, seja diretamente pela injeção de milhões para salvar os capitalistas como foi feito pelo governo Lula na recente crise. Uma pequena parte dessa verba vai para o orçamento das universidades públicas (mesmo baixo, fruto de muita luta). Sendo Assim, é o dinheiro da população, principalmente dos trabalhadores, do pouco que lhe é dado para sua sobrevivência, que financia a universidade pública. É importante que não esqueçamos esse fato.
Quando comemoramos nossa entrada na faculdade, obtida através do filtro social que é o vestibular, pouco notamos e questionamos que por detrás da lógica meritocrática se impõe um sistema no qual garante que a maioria da população que sustenta a universidade não esteja em suas salas de aula.
Enquanto seguimos nossa “vida acadêmica”, pouco notamos e questionamos que o conhecimento que nos é transmitido e a nossa produção acadêmica pouco ou nada servem ao conjunto da população. Pelo contrário, cada vez mais as pesquisas acadêmicas ganham um caráter privado e destinam-se a aos interesses de enriquecimento de poucos. São cada vez mais constantes as pesquisas sobre a produção de álcool, ou transgênicos para os agronegócios, enquanto pouco se destina a resolução da imensa concentração de terras, enquanto muitos continuam sem terra para cultivar. Avançam as pesquisas sobre o botox para as industrias de cosméticos, enquanto milhares de pessoas ainda morrem no país de “doenças de séculos passados” como a tuberculose ou a dengue. Os investimentos em arquitetura e pesquisas em urbanismo satisfazem as necessidades das mansões do leblon ou da gávea, enquanto a cada nova chuva são as enchentes e os deslizamentos dos morros e dos barracos de maderite que aumentam os índices de mortes.
Frente a lógica de utilização do conhecimento a serviço do lucro de um punhado de capitalistas nós do Movimento A Plenos Pulmões partimos de um questionamento profundo do caráter de classe da estrutura universitária e do conhecimento produzido para organizarmos estudantes que queiram utilizar seu conhecimento ativamente a serviço dos trabalhadores e do conjunto dos explorados e oprimidos questionando a própria sociedade. Isso só é possível combinado a uma luta pela real e total democratização do ensino.
A privatização do conhecimento a serviço cada vez mais do interesse de poucos se combina com uma exclusão dos estudos dos processos e teorias revolucionárias e emancipatórios da classe trabalhadora. Ausentam-se dos currículos matérias de processos históricos como a Comuna de Paris, a Revolução Russa, ou a Revolução Espanhola. Não estudamos textos dos grandes revolucionários como Marx, Lênin ou Trotsky. Pouco se fala nas salas de aula sobre o marxismo, e quando esse é abordado ou é massacrado, deturpado e apresentado como uma teoria morta e superada, ou é apresentado de forma academicista, arrancado todo seu conteúdo revolucionário e teoria viva a serviço da emancipação.
Nós dedicamos ao esforço de resgatar o marxismo e suas principais lições, não como teoria morta, estática ou meramente analítica, mas como a própria realidade tem demonstrado, o marxismo e suas lições ainda são atuais e merecem o esforço e a luta para sua utilização como teoria revolucionária, que ultrapasse os livros e as salas e que se ponha em prática e a prova a cada acontecimento da luta de classes. Não aceitamos a condição excludente ou marginal que o marxismo se encontra, nem nos propomos a limitarmo-nos a ser grupos que estudem e reivindique o marxismo paralelamente a academia, e sim lutamos para que o marxismo ganhe espaço acadêmico como teoria viva, nos debates e desde as salas de aulas combinando a teoria e a prática, na própria realização da práxis.
Foi nesse intuito que no segundo semestre do ano passado organizamos junto com a LER-QI o curso sobre o marxismo na América Latina na UFRJ e chamamos a todos os participantes a atuar solidariamente na campanha salarial do SEEPE. É nesse intuito que chamamos a todos os estudantes que se interessam pelo marxismo a se integrar na preparação do curso sobre a Revolução Russa que se realizará nesse semestre, assim como atuar junto conosco em todos os espaços de debates, nas salas de aula em defesa e em resgate do marxismo. Chamamos também a todos que queiram colocar seu conhecimento a serviço dos trabalhadores e dos oprimidos, na luta pela sua emancipação, a militar conjuntamente com o Movimento A Plenos Pulmões dentro e fora da universidade, em todos os processos de lutas de classe que surjam.
R$ 5.628,08! É essa quantia média que o brasileiro paga por ano em impostos, encontrando-se entre a carga de impostos das mais altas do mundo. Grande parte dos baixos salários dos trabalhadores e da população pobre (quem realmente paga imposto nesse país), ganho com um alto grau de exploração e trabalho precário muitas vezes, destina-se ao pagamento de impostos. Parte desse montante arrecadado irá enriquecer grandes empresários, seja pelo pagamento da dívida interna e externa, seja diretamente pela injeção de milhões para salvar os capitalistas como foi feito pelo governo Lula na recente crise. Uma pequena parte dessa verba vai para o orçamento das universidades públicas (mesmo baixo, fruto de muita luta). Sendo Assim, é o dinheiro da população, principalmente dos trabalhadores, do pouco que lhe é dado para sua sobrevivência, que financia a universidade pública. É importante que não esqueçamos esse fato.
Quando comemoramos nossa entrada na faculdade, obtida através do filtro social que é o vestibular, pouco notamos e questionamos que por detrás da lógica meritocrática se impõe um sistema no qual garante que a maioria da população que sustenta a universidade não esteja em suas salas de aula.
Enquanto seguimos nossa “vida acadêmica”, pouco notamos e questionamos que o conhecimento que nos é transmitido e a nossa produção acadêmica pouco ou nada servem ao conjunto da população. Pelo contrário, cada vez mais as pesquisas acadêmicas ganham um caráter privado e destinam-se a aos interesses de enriquecimento de poucos. São cada vez mais constantes as pesquisas sobre a produção de álcool, ou transgênicos para os agronegócios, enquanto pouco se destina a resolução da imensa concentração de terras, enquanto muitos continuam sem terra para cultivar. Avançam as pesquisas sobre o botox para as industrias de cosméticos, enquanto milhares de pessoas ainda morrem no país de “doenças de séculos passados” como a tuberculose ou a dengue. Os investimentos em arquitetura e pesquisas em urbanismo satisfazem as necessidades das mansões do leblon ou da gávea, enquanto a cada nova chuva são as enchentes e os deslizamentos dos morros e dos barracos de maderite que aumentam os índices de mortes.
Frente a lógica de utilização do conhecimento a serviço do lucro de um punhado de capitalistas nós do Movimento A Plenos Pulmões partimos de um questionamento profundo do caráter de classe da estrutura universitária e do conhecimento produzido para organizarmos estudantes que queiram utilizar seu conhecimento ativamente a serviço dos trabalhadores e do conjunto dos explorados e oprimidos questionando a própria sociedade. Isso só é possível combinado a uma luta pela real e total democratização do ensino.
A privatização do conhecimento a serviço cada vez mais do interesse de poucos se combina com uma exclusão dos estudos dos processos e teorias revolucionárias e emancipatórios da classe trabalhadora. Ausentam-se dos currículos matérias de processos históricos como a Comuna de Paris, a Revolução Russa, ou a Revolução Espanhola. Não estudamos textos dos grandes revolucionários como Marx, Lênin ou Trotsky. Pouco se fala nas salas de aula sobre o marxismo, e quando esse é abordado ou é massacrado, deturpado e apresentado como uma teoria morta e superada, ou é apresentado de forma academicista, arrancado todo seu conteúdo revolucionário e teoria viva a serviço da emancipação.
Nós dedicamos ao esforço de resgatar o marxismo e suas principais lições, não como teoria morta, estática ou meramente analítica, mas como a própria realidade tem demonstrado, o marxismo e suas lições ainda são atuais e merecem o esforço e a luta para sua utilização como teoria revolucionária, que ultrapasse os livros e as salas e que se ponha em prática e a prova a cada acontecimento da luta de classes. Não aceitamos a condição excludente ou marginal que o marxismo se encontra, nem nos propomos a limitarmo-nos a ser grupos que estudem e reivindique o marxismo paralelamente a academia, e sim lutamos para que o marxismo ganhe espaço acadêmico como teoria viva, nos debates e desde as salas de aulas combinando a teoria e a prática, na própria realização da práxis.
Foi nesse intuito que no segundo semestre do ano passado organizamos junto com a LER-QI o curso sobre o marxismo na América Latina na UFRJ e chamamos a todos os participantes a atuar solidariamente na campanha salarial do SEEPE. É nesse intuito que chamamos a todos os estudantes que se interessam pelo marxismo a se integrar na preparação do curso sobre a Revolução Russa que se realizará nesse semestre, assim como atuar junto conosco em todos os espaços de debates, nas salas de aula em defesa e em resgate do marxismo. Chamamos também a todos que queiram colocar seu conhecimento a serviço dos trabalhadores e dos oprimidos, na luta pela sua emancipação, a militar conjuntamente com o Movimento A Plenos Pulmões dentro e fora da universidade, em todos os processos de lutas de classe que surjam.
“Amar a vida com o afeto superficial do deleitante, não é muito mérito. Amar a vida com os olhos abertos, com um sentido crítico cabal, sem adornos, tal como nos aparece, com o que oferece, essa é a proeza. A proeza também é realizar um apaixonado esforço por sacudir aqueles que estão entorpecidos pela rotina, obrigar-lhes a abrir os olhos e fazer-lhes ver o que se aproxima.”
Leon Trotsky
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