“Primeiro é preciso transformar a vida, para cantá-la – em seguida.”
Vemos um fenômeno no Brasil que podemos chamar de “lulismo”, que se expressa num sentimento de esperança de melhoria gradual das massas, baseadas num maior poder de consumo, em base ao endividamento, assim como mais empregos através de uma maior precarização do trabalho e ataque aos direitos trabalhistas. Tal fenômeno agudiza sentimentos como a passividade, consumismo e o individualismo fazendo com que a população se mantenha imersa a ilusões e promessas do futuro “Brasil-potência”, tão propagandeado agora com Dilma e antes por Lula que acabou seu mandato com 80% de popularidade e o reconhecimento na política internacional de que sabe fazer o jogo do imperialismo e cavar seu espaço entre as grandes potências mundiais. Não à toa que Obama disse que Lula era “o cara” e “O presidente mais popular do mundo”. Lula fez direitinho a lição de casa e com bastante “orgulho” mantém a tropas brasileiras no Haiti chefiando a MINUSTAH que há mais de um ano do terremoto que resultou em milhares de mortes, não garantiu a construção de moradia e saneamento para a população que ficou imersa num surto de cólera e se manteve a repugnante condição de estupros sistemáticos das mulheres haitianas pelas tropas da ONU e a troca de sexo por alimento, além da contenção das revoltas populares e operárias contra o desemprego e a miséria. Agora Obama vem ao Brasil no próximo dia 20, com o objetivo de reafirmação da hegemonia estadunidense no mundo, inclusive na área militar. Fora Barak Obama do Brasil! Retirada imediata das tropas brasileiras e imperialistas do Haiti! Fora o imperialismo da América Latina!
Get out! Reunião nesta 5ª às 18h no Pátio do IFCS para discutir a participação no ato de repúdio a vinda do presidente dos EUA, Barak Obama, ao Brasil.
Viva a primavera árabe!
Um novo processo se abre na luta de classes, fruto de uma crise econômica mundial que se arrasta desde 2008. Levantes em diversos lugares do mundo onde a população se mobilizou massivamente frente à profunda crise econômica, aumento do preços dos alimentos, reformas previdenciárias, desemprego, carestia de vida... A juventude e a população na Grécia, França, e em outros países da Europa se levantaram e tomaram as ruas no ano de 2010. No começo deste ano o povo da Tunísia foi às ruas e derrubou o ditador Ben Ali, há 23 anos no poder. Esse processo inspirou os países vizinhos e iniciou-se uma onda revolucionária que se estendeu pelo Norte da África, península arábica e no mundo muçulmano. As ruas do Iêmen, Jordânia, Bahrein, Marrocos, Argélia se enchem de jovens, trabalhadores, mulheres, pobres urbanos, desempregados que pedem o fim dos regimes despóticos seja ditatoriais ou monarquias, que são os que durante décadas têm mantido com punho de ferro as condições de opressão mais brutais, que permitiram impor privatizações, ajustes e precarização do trabalho, para benefício das elites locais e das grandes transnacionais imperialistas.
Na Líbia a insurgência segue firme, contra os absurdos índices de desemprego, pobreza, e lutam pela derrubada do ditador Muammar Kadafi. Em semanas esta intervenção explosiva do movimento de massas do norte da África e da península arábica, motorizada pelas conseqüências da crise econômica e pelo ódio contra os regimes ditatoriais e pró-imperialistas, parece ter alentado a resistência para além das fronteiras desta região. Várias outras manifestações são levantadas, em Oaxaca (México), na Bolívia, e até mesmo nos EUA, em Wisconsin funcionários públicos, professores e estudantes se mobilizam contra o governador pelo direito à organização sindical.
Assim como outros povos do mundo é preciso que nos inspiremos na juventude, trabalhadores e nas mulheres do mundo árabe que levantam as cabeças e punhos! É preciso arrancar alegria ao futuro!!! Fora Kadafi! Fora imperialismo do norte da África, do Oriente Médio!
... universidade para quê e para quem ?
Lula garantiu popularidade e a eleição de sua candidata entre outras coisas com o discurso de expansão das universidades. Enquanto nas universidades federais o projeto de expansão, o REUNI, abriu novas vagas, segue sendo uma ínfima minoria da população que tem acesso às universidades e a ampla maioria tem que estudar em universidades privadas, precárias e se endividando para garantir este direito. A própria expansão, pequena, das federais ocorreu sob o mesmo signo precário: sem um investimento necessário para que se garantisse e melhorasse a qualidade do ensino, ou seja, uma expansão sem qualidade que segue sucateando as universidades públicas.
No ensino superior, o grande projeto destes oito anos de governo Lula, o PROUNI, deixa de herança um financiamento dos grandes tubarões do ensino vendido ao povo como expansão de um direito. O Estado ao invés de ter expandido e financiado o ensino superior público e gratuito, priorizou sustentar os milionários acionistas da Estácio e similares.
Outra cara desta universidade precária são as péssimas condições de trabalho a que estão submetidos diversos trabalhadores. Em cada universidade do país se multiplicam os terceirizados, com seus salários de fome, o assédio moral sofrido e a dificuldade para sua organização sindical. Um lugar para produzir conhecimento não pode estar assentado nestas relações que bebem direto da escravidão, não aceitamos que haja trabalhadores de primeira e de segunda na universidade, lutamos para que todos os terceirizados sejam trabalhadores da universidade com iguais salários e direitos!
Nós lutamos para que a universidade seja aberta aos filhos dos trabalhadores e, além disso, que o conhecimento produzido seja voltado para a classe trabalhadora, por exemplo a arquitetura podia planejar moradias, a medicina como atender e prevenir epidemias, etc. Por isso queremos chamar você, estudante, a discutir e lutar pelo fim do vestibular, pela estatização das universidades privadas, por maior assistência estudantil e contra a entrada da iniciativa privada na universidade pública, que compromete a autonomia e direciona o conhecimento produzido aos interesses do capital. É somente combatendo as relações de exploração e opressão existentes desde a universidade de classes até a sociedade de classes que a juventude pode aspirar a outro futuro!
"Na primeira noite eles se aproximam / roubam uma flor / do nosso jardim.
e não dizemos nada.
conhecendo o nosso medo / arranca-nos a voz da garganta.
Extrato do poema No caminho, com Maiakovski de Eduardo Alves da Costa.
Abaixo à repressão no IFCS!
Milhões para a repressão, para a Copa e Olimpíadas: lama, morte e afogamento na miséria para a população...
É hora da juventude dizer um BASTA!
No Rio de Janeiro nos deparamos com vários projetos implementados tanto pelo governo federal quanto pelos governos estadual e municipal , que supostamente tem como meta o desenvolvimento da cidade e melhores condições de vida para o cidadão carioca. as recentes tragédias ocorridas na região serrana do Rio, explicitam essa mesma lógica perversa de projeto de cidade, onde a população pobre que além de ser obrigada a viver nos morros e encostas, não tem o mínimo direito de moradia digna, tendo que conviver com o profundo sofrimento de terem seus familiares e amigos mortos e soterrados pela lama.
Porém o que está em jogo nesse projeto? As UPP’s (Unidades de Polícia Pacificadora), o tão aplaudido projeto de segurança, as expulsões dos moradores das ocupações urbanas, assim como outras medidas tomadas por esses governos, representam na verdade um projeto que segue sendo o mesmo, de brutal repressão aos negros e pobres. Enquanto os grandes empresários seguem com seus inescrupulosos lucros, centenas de jovens negros são exterminados anualmente. Tivemos o emblemático caso da ocupação do Conjunto de favelas do Alemão, onde os governos não hesitaram em enviar centenas de policiais e inclusive as forças armadas, com uma suposta resposta de “guerra ao terror” que na verdade significa uma política oficial de controle da população pobre visando os futuros megaeventos que nossa cidade sediará, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo. É este mesmo governo corrupto o mantenedor das desigualdades absurdas da nossa cidade que o faz um dos principais responsáveis pelo continuidade do trafico de drogas; seja ao sustentar a cada ano que milhares de jovens pobres entrem para o trafico ao não dar oportunidades elementares de vida oportunidades para estes (como moradia digna, escola de qualidade, empregos etc.) ou através de sua polícia assassina e corrupta que segue sendo a principal fornecedora de armas para o trafico e que hipocritamente é utilizada para combater o crime (!). Fora polícia dos morros e favelas! Nenhuma remoção para as obras da Copa e Olímpiadas! Pela expropriação de todos os imóveis passivos de utilização para uma reforma urbana que garanta moradia digna a todos! Apoio às ocupações urbanas!
Abaixo o machismo, racismo e a homofobia !
Vemos inúmeros casos diariamente, inclusive na nossa universidade de racismo, machismo e homofobia. Pixações racistas e neo-nazistas dizendo “Fora Pretos” como ocorreu na UERJ; perseguição e agressão aos estudantes homossexuais no Alojamento da UFRJ; ou atitudes machistas dos veteranos que obrigam calouras a dançar funk e fazer movimentos que simulam uma relação sexual, ou como ocorreu na UFF onde estudantes foram forçadas a fazer sexo oral nos veteranos, só para mencionar algumas. A universidade hoje está estruturada e voltada para a formação de mão-de-obra ou de pensadores para a burguesia brasileira, e por isso é funcional que o conhecimento que se produza nela não apresente um conteúdo contestador e muito menos revolucionário. Ao contrário, reproduz e acaba por garantir a manutenção de preconceitos e opressões existentes na sociedade, não sendo uma ferramenta crítica para combatê-los. Algumas exceções se localizam aí, mas é preciso ir por mais! Te convidamos a debater a opressão às mulheres, negr@s e LGBTT, para construir um plano de luta d@s estudantes do IFCS contra o machismo, o racismo e a homofobia!
Debate
Resgatando a história para inspirar o presente:
Passeata dos 100 mil e o papel da juventude!
Conheça e junta-se à nós para organizar um grande grupo que parta da indignação e se coloque na perspectiva de intervir na realidade para transformá-la!